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Futura produção brasileira é projetada em 95 milhões de toneladas, enquanto a argentina ficaria em 40 milhões.
As cotações do milho em Chicago após subirem até US$ 3,87 na semana, recuaram um pouco no final da mesma e fecharam o dia 15/06 em US$ 3,79/bushel. O relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 09/06, pouca novidade trouxe ao mercado. A safra dos EUA, para 2017/18, foi mantida na projeção de 357,4 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais para o mesmo ano ficaram em 53,6 milhões, igualmente sem modificações em relação ao relatório de maio. Com isso, o patamar de preços médios aos produtores dos EUA também foi mantido entre US$ 3,00 e US$ 3,80/bushel, contra a média estimada de US$ 3,35 para 2016/17 e US$ 3,61 em 2015/16.
Em termos mundiais, a produção global sofreu pequeno recuo na projeção, ficando agora em 1,032 bilhão de toneladas, enquanto os estoques finais estão estabelecidos em 194,3 milhões de toneladas. A futura produção brasileira é projetada em 95 milhões de toneladas, enquanto a argentina ficaria em 40 milhões. A partir deste relatório, o mercado se concentra no clima estadunidense para a formação de uma tendência mais consistente. “No milho, com as dificuldades de plantio, replantio, excesso de chuvas, neve e geadas, há a possibilidade de que a área venha a ser menor do que a esperada inicialmente. A situação é plenamente contrária para a soja, a qual não sofreu intensamente tais problemas.” (cf. Safras & Mercado)
Por outro lado, as exportações estadunidenses ficaram em um milhão de toneladas na semana anterior, sendo consideradas normais. Já as condições das lavouras indicaram 67% entre boas a excelentes e o mercado começa a se concentrar no relatório de plantio do dia 30/06. O mês de julho será crucial para o milho nos EUA em função da polinização das plantas. Na Argentina, a tonelada FOB recuou para US$ 157,00, enquanto no Paraguai a mesma se manteve em US$ 110,00. Aqui no Brasil os preços se mantiveram estáveis, com o saco de milho ao produtor gaúcho, no balcão, fechando a semana na média de R$ 22,53. Já os lotes ficaram entre R$ 27,50 e R$ 28,00/saco. Nas demais praças os lotes oscilaram entre R$ 14,50/saco em Sorriso (MT) e R$ 28,50/saco em Videira e Concórdia (SC).
Para a safrinha, no Mato Grosso há compradores oferecendo, em algumas regiões, R$ 15,00/saco para entrega imediata e pagamento em setembro/outubro. Já em São Paulo, há certa procura por lotes pontuais de curto prazo, com negócios a R$ 24,00/saco na Sorocabana e R$ 28,00/saco no CIF região de Campinas. Lotes tributados são negociados a R$ 28,50/saco CIF com ICMS incluso para a região de Campinas, com pagamento em 30 dias. No porto de Santos há negócios a R$ 29,80/saco para agosto e grande volume de ofertas a partir de R$ 31,00/saco. Em Goiás, agosto/setembro apontam valor de R$ 18,50/saco. (cf. Safras & Mercado)
O ponto central no mercado brasileiro é que a colheita da safrinha, recorde, apenas está se iniciando e a exportação não indica volumes consistentes, pelo menos até setembro. Com isso, a pressão baixista sobre os preços deverá se consolidar no mercado interno, devendo ficar muito milho para ser exportado no segundo semestre. Além disso, existe grande problema de estocagem para o cereal frente à enorme oferta de soja e sua lenta comercialização. Nesse momento, nem mesmo a melhoria do câmbio e de Chicago mudou o comportamento baixista do mercado brasileiro do milho, especialmente nos portos. Os prêmios vão sendo cortados e as indicações de embarque são pequenas. Junho, por exemplo, está com apenas 1,2 milhão de toneladas na fila de embarques quando o necessário seria 5 milhões.
Quanto ao clima sobre a safrinha nacional, o mercado havia precificado o efeito de possíveis geadas nesta semana, porém, as mesmas foram muito fracas no Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, não causando prejuízos às lavouras de forma geral. Isso acabou ajudando a pressionar para baixo os preços no final da corrente semana. Enfim, o governo encerrou os contratos de opção, atingindo o objetivo de um milhão de toneladas o que, convenhamos, é muito pouco. Já os leilões de Pep e de Pepro subvencionaram, até o momento, 1,8 milhão de toneladas, absorvendo R$ 120 milhões de uma disponibilidade de R$ 500 milhões. Nesse sentido, a Conab anuncia mais dois leilões de Pep e de Pepro para o próximo dia 22/06, com oferta de um milhão de toneladas no Pepro e 330.000 toneladas no Pep.
Fonte: CEEMA / Unijuí