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PIB agropecuário pode continuar crescendo
Renda de produtores não segue crescimento da produção
No ano passado, com a quebra de produção, em função da seca, os preços tiveram a maior alta histórica, chegando ao patamar de R$ 50,00 a saca de 60 Kg, em Goiás. Em função da perda avassaladora na produtividade das lavouras, diversos produtores não tinham milho suficiente para comercializar nestes bons preços e assumiram grandes prejuízos. “Neste ano, a situação se inverte, e com a superprodução, os preços caíram vertiginosamente”, detalha Cristiano.
Resultados
Atualmente, a produtividade média do estado é de 105 sacas por hectare. Segundo os dados do Ifag, do início do ano até o momento, o preço do milho disponível registra queda em torno de 50%, estando hoje, em média, R$ 20,22 por saca. Para os contratos antecipados, com entrega futura, nos meses posteriores a colheita da safrinha, os preços estão ainda mais baixos, chegando a casa de R$18. Frente ao custo médio de produção – também calculado pelo Ifag, de R$ 2.428 por hectare, custo total -, o produtor precisará obter uma produtividade de 120 sacas por hectare para empatar, comercializando dentro do patamar atual de preço disponível.
Conforme analisado pelo Ifag, esta produção tem contribuído fortemente para a melhoria das perspectivas econômicas do País, resultado já confirmado pela divulgação do PIB do 1º trimestre, que obteve crescimento de 1%, em relação ao trimestre anterior, puxado pelo avanço de 13% da agropecuária. “Dos 45 milhões de toneladas a mais que o Brasil produzirá neste ano, 21 milhões são advindos da produção de milho safrinha. Em Goiás, não será diferente. Dos 6,2 milhões de toneladas a mais que se estima produzir no estado nesta safra, 4,7 milhões sairão das lavouras de milho safrinha”, explica Palavro.
Apesar do resultado favorável na economia geral do país e do estado, advinda da grande produção de grãos, os números não irão refletir, em elevação, nas receitas dos produtores rurais. Isso porque os custos de produção crescentes e os preços dos principais produtos agrícolas estão bastante depreciados, em relação ao último ano. “A rentabilidade dos produtores não acompanhará o crescimento da produção. É a velha lei de mercado, que quando cresce a oferta, derrubam-se os preços”, conclui o analista Cristiano.
Fonte: FAEG