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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe, no fim da tarde desta segunda-feira (15), seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras com a atualização do plantio com números que já vieram refletindo uma melhora do clima no Corn Belt.
A semeadura da soja foi reportada em 32% da área até o último domingo (14), contra 14% da semana passada, 34% do mesmo período do ano passado e 32% de média plurianual. O total ficou acima das expectativas do mercado, as quais eram de 25% a 30%.
No caso milho, por sua vez, o plantio já foi concluído em 71% da área, enquanto os traders esperavam algo entre 60% e 65%. Em uma semana, os trabalhos de campo evoluíram 24 pontos percentuais, e o total se alinhou ao ano passado – 70% – e a média dos últimos cinco anos, de 70%.
O departamento informou ainda que 8% das lavouras de soja emergiram até o dia 14, contra a média de 9% do ano passado e o mesmo índice no mesmo período do ano anterior. Sobre o cereal, o USDA informou 31% das lavouras já emergiram, contra 15% da semana anterior, 41% de 2016 e 36% de média.
Segundo explica o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, esses números já mostram que “o produtor americano term muita capacidade de entregar área plantada com rapidez”. E assim, o mercado poderia sentir uma pressão maior e registrar preços em queda na sessão desta terça-feira (16) na Bolsa de Chicago.
No entanto, Fernandes afirma ainda que a pressão sobre a oleaginosa deve ser limitada. “Mesmo com esses números, eu não acredito em uma derrocada nos preços da soja”, diz. “Estamos falando ainda em uma safra em potencial, e não em uma safra real”, completa.
Além disso, o consultor chama a atenção também para o período de junho a agosto, quando a safra americana estará na fase de florescimento e enchimento de grãos, principalmente, no caso da soja. “E aí sim, deveremos estar muito atentos às oportunidades que o mercado possa dar nesse intervalo”, diz.
Fonte: Notícias Agrícolas