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Nesta segunda-feira, 18 de fevereiro, se comemora o Dia do Presidente e o aniversário da capital Washington nos Estados Unidos e, assim, as bolsas de valores ficam fechadas hoje. Os negócios serão retomados nesta terça-feira (19) em Chicago e Nova York, com a volta das referências para os grãos e as soft commodities.
Grãos
Soja – No mercado da soja, segundo acredita o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os novos negócios deverão continuar acontecendo ainda em ritmo mais lento, uma vez que os produtores brasileiros acreditam em preços melhores mais adiante. Além disso, sem a referência da Bolsa de Chicago, os negócios já ficam, comumente, mais lentos e limitados.
Além disso, com as indústrias nacionais buscando se precaver de uma possível disputa de produto com as exportações à frente, a demanda interna paga melhor neste momento em algumas partes do país, o que estimula um melhor volume de negócios no mercado doméstico.
Ainda segundo Brandalizze, há produtores também que seguem adiantando suas entregas de contratos previamente fechados dado o bom ritmo de avanço da colheita.
“Os produtores também devem seguir com entregas de contratos antecipando posições que deveriam ser entregues no final do mês em diante, porque a colheita segue acelerada e adiantada. Desta forma o apelo é para grandes volumes chegando para quitar posições, mantendo a calmaria nos novos fechamentos”, diz o consultor.
O sojicultor brasileiro se mantém atento ainda ao andamento dos prêmios, que nos últimos 30 dias subiram de forma considerável no país. De 15 de janeiro a 15 de fevereiro, em Paranaguá, a posição de entrega fevereiro passou de US$ 0,40 para US$ 0,55 por bushel acima dos valores de Chicago, com uma valorização de 37,50%, enquanto o março foi de US$ 0,5 para US$ 0,60, subindo 71,43%.
Milho – Já para o mercado do milho, os negócios deverão ser melhores nesta semana, com uma demanda que se mostra aquecida e os produtores, mesmo que pontualmente, interessados nos atuais patamares de preços.
“As negociações devem seguir fluindo nesta semana porque alguns consumidores devem se antecipar ao Carnaval que vem no começo de março, e assim comprar nestes próximos dias para poder movimentar o milho antes do dia 10 para atender a demanda que está em crescimento”, explica Brandalizze.
Entretanto, nos portos os novos negócios, ainda segundo o executivo, deverão ser dar na intensioção de cobrir posições de embarques, porém, os indicativos nos terminais de exportação deverão manter-se estáveis.
“Os produtores dão sinais de que continuarão segurando as ofertas à espera de melhores momentos a frente e assim indicam que entregarão contratos e segurarão o restante da colheita – como grão a fixar ou armazenado – apostando em números maiores para negociar”, completa o representante da Brandalizze Consulting.
Ademais, os produtores também se focam na safrinha, que registra seu melhor ritmo de plantio já registrado, com cerca de 60% da semeadura concluída no Brasil.
Dólar
Outro ponto de atenção nesta semana será o dólar, que segue volátil de olho nas profundas mudanças pelas quais podem passar a economia e a política brasileira. No exterior, uma série de cenários para também ainda serem definidos, a cautela também aparece, principalmente em dia de feriado nos EUA.
A proposta da reforma da Previdência, no cenário nacional, está em foco, com previsão de que seja entregue ao Congresso Nacional neste dia 20. No entanto, o governo Jair Bolsonaro sabe que as batalhas serão duras nas duas casas – Câmara e Senado – para que a reforma seja alinhada e então aprovada.
“Este fato ainda vai ‘dar muito pano para manga’, ou seja, não vai ser muito fácil de passar da maneira que seria ideal para a economia. Provavelmente, os deputados vão decepar partes importantes e deixar a economia ainda na UTI. Desta forma, para o médio prazo, a moeda americana tende a se manter aquecida”, conclui Vlamir Brandalizze.
Notícias Agrícolas- 18/02/2019