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Após dois meses de alta, o PIB do Agronegócio Brasileiro voltou a recuar em agosto, com baixa de 0,21%, segundo estudos do Cepea
Após dois meses de alta, o PIB do Agronegócio Brasileiro voltou a recuar em agosto, com baixa de 0,21%, segundo estudos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). No acumulado de janeiro a agosto, o cenário segue adverso para a renda do setor, com queda de 1,52%. Pesquisadores do Cepea indicam que esse desempenho da renda gerada no agronegócio em 2018 está ligado à redução dos preços dos produtos agropecuários e à elevação dos custos de produção.
O baixo ritmo da atividade econômica brasileira tem limitado a recuperação da demanda dos produtos agropecuários e, consequentemente, de seus preços. No caso específico dos pecuários, soma-se a esse contexto o fechamento abrupto de importantes mercados externos destinos de carnes – bovina, suína e de aves – do Brasil. Cabe destacar que a recuperação de preços de produtos agrícolas frente aos patamares de 2017 vem sendo observada nos últimos meses – particularmente desde junho –, o que, por sua vez, tem refletido positivamente na renda no segmento primário (“dentro da porteira”). Mesmo assim, a renda gerada nesse segmento, no acumulado do ano, segue 2,76% inferior à do ano passado.
Já quanto aos custos de produção, destacam-se as elevações nos preços dos fertilizantes (encarecidos pela desvalorização do Real frente ao dólar), do diesel (devido a mudanças na política de preços da Petrobras e ao tabelamento de fretes) e também do milho, importante insumo das atividades primárias pecuárias.
PIB-VOLUME – Em termos de produção, as projeções para 2018 do PIB-volume do agronegócio – calculado pelo critério de preços constantes e considerando os dados e informações disponíveis até agosto/2018 – seguem apontando crescimento em todos os segmentos. Segundo cálculos do Cepea/CNA, o PIB-volume do agronegócio deve crescer 2,53% em 2018, com altas de 4,48% para insumos, de 0,97% para o segmento primário, de 3,06% para a agroindústria e de 2,91% para os agrosserviços.
CEPEA/ESALQ
Agrolink – 03/12/2018