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“Já a comercialização antecipada do cereal da safra 2018/19 continua mais lenta”
A demanda externa acabou provocando uma reação dos compradores domésticos nesta quinta-feira (29.11) e o preço do milho subiu levemente. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, a situação atual vem sustentando os negócios.
“A demanda de empresas do mercado interno e, mais pontualmente, de tradings exportadoras, vem sustentando leves altas dos preços oferecidos pelo milho e estimulando bons negócios. As cotações subiram ontem tanto em Mato Grosso do Sul como no Paraná, viabilizando novos acordos na semana. Já a comercialização antecipada do cereal da safra 2018/19 continua mais lenta, ainda que surjam relatos de acordos envolvendo troca de grãos por insumos”, informa.
Segundo Leon D’avalo, analista da Granos, em Mato Grosso do Sul, a chegada ao mercado de um comprador que buscava volume para exportação, levou consumidores domésticos a oferecer mais pelo milho no spot. “Como somente as indústrias do mercado interno estavam comprando até então, elas vinham pressionando as cotações. A partir do momento em que surgiu demanda para o mercado externo, elas passaram a se movimentar”, comenta.
Quanto à comercialização antecipada da safrinha de 2019, Pacheco indicou que ela ainda não deslanchou no Mato Grosso do Sul, mas saem alguns negócios, especialmente em operações de trocas por insumos. Ontem não houve acordo porque empresas do mercado doméstico reduziram os valores propostos, após terem feito compras nos dias anteriores.
“O preço indicado nesta quinta-feira era R$ 34/saca CIF, para entrega em Santa Catarina em julho de 2019 e pagamento em agosto, R$ 1/saca abaixo dos R$ 35/saca pelos quais saíram cerca de 20 mil toneladas nos dias anteriores”, conclui.
AGROLINK – 30/11/2018