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Reajustes foram puxados pela valorização do dólar ante o real
O custo operacional do milho de alta tecnologia em Mato Grosso subiu 0,87% em setembro na comparação com agosto, para R$ 2.374,34 por hectare. No cálculo, realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), estão inclusos os custos variáveis (sementes, defensivos, fertilizantes, armazenagem, impostos e taxas e outros) e os fixos (arrendamento, depreciação de benfeitorias e de máquinas/implementos, dentre outros itens).
Dos itens que encareceram de forma acentuada, o Imea destaca os inseticidas, cujos preços subiram em média 1,37%, e os macronutrientes (fertilizantes), que tiveram alta de 2,29% no período. Os reajustes foram puxados pela valorização do dólar ante o real, decorrente do cenário eleitoral brasileiro e de fatores no mercado externo, segundo a entidade.
“Outros fatores que contribuíram para o aumento nos dispêndios foram o acréscimo no preço do diesel e a valorização da ureia, superior à dos demais fertilizantes, devido à redução de oferta no Irã”, disse o Imea em boletim semanal.
O instituto chamou a atenção para a queda de 8,9% dos preços do milho no mercado à vista em outubro, em relação ao apurado em setembro. As cotações foram pressionadas tanto pelo recuo de 8,2% do dólar ante o real até o dia 26, quanto pela demanda mais fraca no período. O valor médio da saca do cereal ficou em R$ 20,90 em outubro. O Imea alertou ainda que a perspectiva de uma janela mais longa para o plantio do milho safrinha, devido ao adiantamento do cultivo da soja, também pressiona o valor do cereal e deve ser acompanhada com atenção pelos produtores.
IMEA
Agrolink – 30/10/2018