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MILHO BRASIL
• A estimativa de safra da CONAB do dia 11/outubro apontou para uma produção nacional total de 90,409 milhões de tons de milho na safra 2018/19, aumento de 9 milhões de tons em comparação a safra 2017/18, que foi consolidada em 81,356 milhões de tons.
• O volume de exportação para a safra 2018/19 foi projetado em 31 milhões de tons, ante 25,5 milhões de tons previstos na safra 2017/18. Até a 2ª semana de outubro o Brasil exportou 1,646 milhão de tons de milho, retração de 3,382 milhões de tons comparado a igual período de 2017.
• O USDA manteve a estimativa de produção da safra brasileira de milho 2018/19 em 94,5 milhões de tons, com 29 milhões de tons para exportação.
PREÇOS
• No mercado interno os preços estão sob pressão da ampla oferta de milho e estoques elevados. Além disso, há expectativa de produção do milho 1ª safra, segundo a CONAB, em 26,674 milhões de tons. Portanto, o incremento previsto para a nova safra em paralelo com às exportações enfraquecidas pode resultar em aumento no volume final de estoques.
• Com compradores internos abastecidos e realizando compras pontuais, o mercado interno segue ainda lento, trazendo queda sobre as cotações do milho. Apesar dos preços em queda, estes ainda estão valorizados em relação a 2017.
COMENTÁRIO DA ANALISTA: A desvalorização do dólar e o bom andamento da safra verão pressionam as cotações do milho no mercado interno, apesar da alta do milho na Bolsa de Chicago. Somado a estes dois fatores, a postura retraída do lado comprador, que adquirem apenas pequenos lotes para repor estoques de curto prazo, compõem o cenário de tom baixista nas cotações do grão.
MILHO MERCADO EXTERNO
• O mau tempo deixou para trás o Cinturão do Milho nos EUA no início desta semana, mas as precipitações acumuladas pelas recentes tempestades ainda mantêm paralisadas as atividades de colheita de milho em função da excessiva umidade dos solos.
• O USDA em sua mais recente projeção de safra diminuiu a produção de milho nos EUA em 1,25 milhão de ton. As áreas plantada e colhida foram mantidas pelo departamento em, respectivamente, 36,06 e 33,1 milhões de hectares. O uso de milho para etanol ficou estável em 143,52 milhões de tons, enquanto as exportações subiram e passaram de 60,96 para 62,87 milhões de tons.
• Os preços na CBOT iniciaram a semana em campo positivo diante da menor produção de milho nos EUA e da menor oferta mundial.
• O relatório semanal USDA reportou manutenção das condições das lavouras de milho nos EUA em 68% boas a excelentes, superior aos 65% em igual período de 2017, o que, em paralelo com a chegada do clima seco, pressionou as cotações do grão na CBOT.
• As vendas semanais de milho totalizaram somente 382,5 mil tons da safra 2018/19. O volume marca a mínima do ano comercial e é 62% menor do que o número da semana anterior, além de ficar 72% abaixo do registrado na média das últimas quatro semanas. O México foi o maior comprador da semana.
• No acumulado da temporada, as vendas já somam 21.088,2 milhões de tons e, apesar do volume semanal bem baixo, esse total é bem maior do que o do ano passado, quando passavam em pouco mais de 14,9 milhões de tons. Com certa ausência de Brasil e Argentina no segmento externo, as exportações de milho dos EUA têm grandes pedidas.
COMENTÁRIO DA ANALISTA: O USDA surpreendeu o mercado com um decréscimo na projeção da produção de milho em cerca de 1,24 milhão de tons. Nesta semana, os principais fatores de pressão sobre as cotações do grão foram a melhora do clima nos EUA, a menor produção de etanol e as vendas semanais norte-americanas para exportação.
Maíra Laskoski
AFNEWS – 22/10/2018