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IAPAR em parceria com o corpo técnico da Copacol lançaram o Informe da Pesquisa No 160 “Estria bacteriana do milho no Paraná”
Pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) em parceria com o corpo técnico da Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) lançaram o Informe da Pesquisa No 160 “Estria bacteriana do milho no Paraná”. A doença exótica causada pela bactéria Xanthomas vasicola pv. vasculorum já foi constatada em 15 municípios das regiões Oeste, Centro-Oeste e Norte do Paraná em campos de milho segunda safra. Segundo os pesquisadores, a doença foi observada, sob condições naturais de ocorrência, em pelo menos 30 diferentes híbridos comerciais de milho apresentando diferentes níveis de severidade.
Segundo o fitopatologista do IAPAR Adriano Custódio, a estria-bacteriana é uma doença foliar, de ocorrência recente em algumas regiões produtoras de milho ao redor do mundo. “No Brasil, foi detectada, este ano, pela primeira vez, nas lavouras do Paraná. Anteriormente, havia sido identificada em 1949, na África do Sul, e, em 2016, nos Estados Unidos”, disse. Além destes países, a Argentina também registrou casos, em 2017, em pelo menos 10 províncias.
“Os sintomas da estria-bacteriana-do-milho podem ser observados em plantas jovens, no estágio vegetativo de 7 folhas. Além disso, as lesões necróticas podem se expandir, cobrindo grande área foliar, e disseminar a bactéria para as folhas inferiores. Em casos mais severos, em híbridos altamente suscetíveis, as lesões podem tomar significativa área foliar”, ressaltou Custódio.
As informações sobre a estria-bacteriana-do-milho e seu agente patogênico, a bactéria
X. vasicola pv vasculorum, ainda são relativamente limitadas, por elas ocorrerem em poucas regiões produtoras de milho. “A bactéria pode sobreviver em restos de cultura infectados e, possivelmente, também em plantas daninhas. Embora ainda não haja estudos detalhados da importância da transmissão por sementes, existem evidências de que essa pode ser uma importante via de disseminação. A bactéria pode, também, ser disseminada pelo vento, água de chuva e, provavelmente, por água de irrigação”, explicou o pesquisador.
Algumas recomendações são importantes para a prevenção e o controle da doença, baseadas nas medidas gerais de controle de doenças causadas por bactérias do gênero Xanthomonas spp. Entre elas, adotar medidas fitossanitárias como rotação de cultura; controlar potenciais plantas hospedeiras alternativas, incluindo as plantas daninhas e plantas de milho voluntárias da entressafra; desinfectar os equipamentos agrícolas e garantir a qualidade sanitária da semente.
Este assunto foi tema de uma palestra ministrada pelo fitopatologista Adriano Custódio, na tarde de 13 de setembro, durante o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, realizado em Lavras, Minas Gerais. O congresso foi promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), Embrapa Milho e Sorgo e Universidade Federal de Lavras.
A publicação “Estria bacteriana do milho no Paraná” está disponível no site do IAPAR.
EMBRAPA
Agrolink – 16/10/2018