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Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram a
sessão desta quinta-feira (2) com ligeiras valorizações. As principais
posições da commodity encerraram o dia com ganhos entre 1,75 e 2,00
pontos. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,66 por bushel,
enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,81 por bushel e o março/19
trabalhava a US$ 3,92 por bushel.
“Os preços do milho subiram modestamente nesta quinta-feira, em uma
combinação de preocupações com o clima no Meio-Oeste e dados sólidos de
exportação”, reportou o site internacional Farm Futures.
A seca está invadindo lentamente os EUA, segundo ainda destacam as
agências internacionais. “No Centro-Oeste, Kansas, Missouri, Michigan e
Wisconsin são as principais áreas mais atingidas pela seca no início de
agosto, com grandes partes do Centro-Sul, Sudoeste e Oeste também
afetadas”, informou o site Farm Futures.
Dados da AgResource Mercosul (ARC) apontam que “o cenário para a safra
americana continua preocupante, principalmente pela chegada de uma massa
de ar quente de alta pressão no Centro do país. Tal massa de ar é
programa para se expandir no começo da próxima semana, elevando as
temperaturas e reduzindo a regularidade das chuvas. O Cinturão Agrícola
norte-americano está entre as áreas com o maior potencial de efeito
prejudicial”.
Outro fator que também impulsionou os preços da commodity nesta
quinta-feira é o relatório de vendas semanais do USDA (Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos), ainda conforme dados da Reuters. Na
semana encerrada no dia 26 de julho, as vendas da safra velha ficaram em
292 mil toneladas de milho.
O número ficou abaixo das expectativas dos investidores, entre 300 mil a
600 mil toneladas. Da safra 2018/19, o volume negociado foi de 986,1 mil
toneladas, contra estimativas dos investidores de 400 mil a 800 mil
toneladas.
Mercado doméstico
No Brasil, os preços do milho registraram ligeiras movimentações nesta
quinta-feira. Em São Gabriel do Oeste (MS), a saca subiu 7,69% e fechou
o dia a R$ 28,00. Na região de Assis (SP), o ganho ficou em 4,76%, com a
saca a R$ 33,00.
Já no Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em setembro/18,
subiu 2,56% e encerrou o dia a R$ 40,00. Em contrapartida, em Tangará da
Serra (MT), a queda foi de 2,22%, com a saca a R$ 22,00. As informações
fazem parte do levantamento da equipe do Notícias Agrícolas.
“Apesar da colheita da segunda safra em andamento, os preços do cereal
firmaram no mercado interno a partir de meados de julho, com as recentes
revisões para baixo da produtividade da segunda safra. No mais, a ponta
vendedora se mostrou mais retraída com relação a oferta, à espera de
preços melhores”, informou a Scot Consultoria. A consultoria ainda pondera que a expectativa é de mercado firme diante da menor da oferta do lado vendedor, contudo o avanço da colheita possa limitar os ganhos.
Notícias Agrícolas