Nos Estados Unidos, os futuros do milho na CBOT também subiram
Outro fator relevante foi o aceno de Donald Trump à China
A TF Agroeconômica informou que o mercado futuro de milho na B3 encerrou a quinta-feira (20) em alta, retornando aos níveis de setembro de 2023. A valorização ocorreu devido à dificuldade do grão recém-colhido em chegar aos compradores, impactado pelo aumento do frete e pela prioridade logística para a soja. Esse cenário desestimula compradores a elevarem os preços para estoques longos, enquanto produtores optam por negociar a oleaginosa. Assim, o contrato para março/25 fechou em R$ 82,72 (+R$ 1,89 no dia), maio/25 em R$ 78,60 (+R$ 1,74) e julho/25 em R$ 73,46 (+R$ 1,06).
Nos Estados Unidos, os futuros do milho na CBOT também subiram, impulsionados pela redução de 3 milhões de toneladas na estimativa global de produção, conforme o Conselho Internacional de Grãos (IGC). A referência para a safra brasileira, o contrato de março, fechou a US$ 498,00 (+US$ 0,50 cents/bushel), enquanto maio encerrou a US$ 512,75 (+US$ 0,50 cents/bushel). Além disso, a expectativa por um bom relatório de vendas semanais, adiado para sexta-feira devido ao feriado nos EUA, ajudou a sustentar os preços.
Outro fator relevante foi o aceno de Donald Trump à China, que momentaneamente aliviou a pressão tarifária sobre o mercado de grãos. Paralelamente, a produção de etanol de milho nos EUA se recuperou, mesmo com o aumento nos estoques. Segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA), foram gerados 1,25 bilhão de créditos de mistura de etanol em janeiro, ligeiramente abaixo do mês anterior. Com essas movimentações, o mercado segue atento aos próximos dados de oferta e demanda, que podem influenciar novas oscilações nos preços.
Leonardo Gottems
Agrolink – 21/02/2025