No cenário global, os preços FOB mostram a competitividade do milho brasileiro
No mercado chinês, as cotações do milho encerraram em queda
De acordo com a TF Agroeconômica, os compradores de milho brasileiro seguem ausentes, mesmo diante do aumento nos prêmios para janeiro e a redução em julho. No Porto de Paranaguá, os prêmios apresentaram os seguintes movimentos: para janeiro, o vendedor ofertou a 120 pontos (+3), sem presença de compradores; já para julho/agosto, o prêmio caiu para 60 pontos (-3), também sem compradores. Essa ausência reflete a cautela do mercado, mesmo com ajustes nos valores oferecidos.
No mercado chinês, as cotações do milho encerraram em queda de 5 CNY/t para janeiro e 3 CNY/t para março. Em contrapartida, o amido de milho registrou alta de 12 CNY/t para janeiro e queda de 4 CNY/t para março. Outros produtos derivados também apresentaram variações: as cotações de ovos subiram 20 CNY/500kg para dezembro, mas recuaram 21 CNY/500kg para janeiro, enquanto o preço do suíno caiu expressivamente, com reduções de 420 CNY/t para janeiro e 220 CNY/t para março.
No cenário global, os preços FOB mostram a competitividade do milho brasileiro, avaliado em US$ 217 em Santos, frente a US$ 209 nos Estados Unidos e US$ 207 na Argentina. Outros players importantes, como França (US$ 229), Romênia (US$ 210), Rússia (US$ 215) e Ucrânia (US$ 210), mantêm seus valores, destacando a pressão sobre os exportadores brasileiros para garantir espaço no mercado internacional.
Enquanto isso, os preços aproximados do milho argentino FOB foram registrados em US$ 207 para janeiro, US$ 205 para março e abril, indicando estabilidade na oferta do país vizinho. Esses dados reforçam o cenário competitivo e a necessidade de estratégias mais agressivas para consolidar a presença do milho brasileiro no comércio exterior.
Leonardo Gottems
Agrolink – 20/12/2024