Consultoria analisou os movimentos
Na última semana, o mercado de soja em Chicago testemunhou flutuações significativas, predominantemente em uma trajetória de queda. O contrato para julho encerrou a sexta-feira a 1160,5 cents por bushel, marcando uma queda de 1,6% na semana. Inicialmente, os preços foram sustentados por um clima mais seco no leste do cinturão sojicultor dos EUA, porém essa influência foi mitigada pelas constantes alterações nas previsões climáticas e pelas disparidades entre os modelos europeus e americanos.
Apesar de relatos de uma ligeira deterioração na qualidade das lavouras até meados de junho, com o percentual de soja em condições boas/excelentes atingindo 70%, superior aos níveis do ano anterior e à média dos últimos cinco anos, as expectativas para a safra permanecem relativamente otimistas.
Enquanto isso, o mercado de milho na CBOT também enfrentou pressões de baixa, com o contrato para julho cotado a 435 cents por bushel ao final da semana, refletindo uma queda semanal de 3,3%. Segundo o relatório semanal do USDA, 72% das lavouras de milho foram classificadas como boas/excelentes, uma leve redução em relação à semana anterior, mas ainda representando o melhor desempenho dos últimos cinco anos para o período comparável.
Com os modelos climáticos indicando volumes adequados de chuvas para as próximas semanas no cinturão agrícola dos Estados Unidos, as expectativas são de um desenvolvimento favorável das lavouras, o que sustenta projeções de uma oferta robusta no mercado.
Em síntese, tanto o mercado de soja quanto o de milho enfrentaram desafios derivados das condições climáticas variáveis e da volatilidade nos mercados de commodities. As avaliações foram feitas pela StoneX Inteligência de Mercado.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 27/06/2024