Em Chicago, o milho fechou em alta com queda na qualidade das lavouras nos EUA
“As altas somente não vieram devido aos números de exportação”
Traders veem dólar e cenário internacional em alta e a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) fechou a terça-feira com preços mistos para o milho, segundo a TF Agroeconômica. “Traders estiveram de olho na moeda norte-americana, que por mais um dia apresentou lucros acima do esperado, trabalhando a uma máxima de R$ 5,444 e fechando próximo, a um patamar de R$ 5,434 na venda”, comenta.
“As altas somente não vieram devido aos números de exportação: Até a segunda semana deste mês, foram embarcadas 392, 4 mil toneladas, representando 37,9% do total de junho passado. A média diária de exportação foi de 39, 2 mil toneladas, uma queda de 20,3% em relação ao ano anterior”, completa.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em variações mistas. “O vencimento de julho/24 foi de R$ 57,15 apresentando alta de R$ 0,06 no dia, baixa de R$ 1,50 na semana; setembro/24 fechou a R$ 60,56, baixa de R$ 0,01 no dia, baixa de R$ 2,15 na semana; o vencimento novembro/24 fechou a R$ 64,44, baixa de R$ 0,06 no dia e baixa de R$ 1,88 na semana”, indica.
Em Chicago, o milho fechou em alta com queda na qualidade das lavouras nos EUA. “A cotação de julho24, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 1,41 % ou $ 6,25 cents/bushel a $ 450,00. A cotação para setembro24, fechou em alta de 1,28 % ou $ 5,75 cents/bushel a $ 455,75”, informa.
“As cotações refletiram refletindo uma piora na condição das lavouras nos Estados Unidos. Segundo o USDA, 72% da safra apresentava condição boa ou excelente no último domingo, queda de 2 pontos porcentuais em relação à semana anterior. O plantio no país foi concluído na semana passada. A alta foi sustentada também pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 19/06/2024