Dentre os fatores de baixa estão a oferta volumosa de milho dos Estados Unidos
Os lucros não são os melhores agora
De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a melhor coisa para quem tem milho é vender apenas o que precisar. “Venda somente a quantidade necessária para pagar o banco: com 88% do resultado pague as dívidas e reserve 12% para comprar contratos de milho
na B3, porque os preços irão subir no segundo semestre e, assim,você poderá continuar participando das altas”, comenta.
No momento são dois os fatores de alta. “No Brasil, os estados que são os maiores produtores de carnes também foram os que tiveram grandes quebras de safra de milho; então, deverão comprar, ou no exterior, ou de estados mais distantes, elevando os preços locais, principalmente no segundo semestre de 2024. Os Fundos continuam acumulando posições vendidas que, quando forem liquidadas, poderão voltar com a regra dos 50% para níveis mais próximos dos custos de produção”, completa.
Dentre os fatores de baixa estão a oferta volumosa de milho dos Estados Unidos e a perspectiva de mais uma safra robusta no país em 2024/25 também pesam sobre as cotações. “Dados semanais de vendas externas dos EUA vieram dentro da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que os exportadores venderam 820,4 mil toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos,na semana encerrada em 15 de fevereiro”, indica.
“A melhora da condição das lavouras na Argentina também estão influenciando os negócios. Na quinta, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que 85% da safra de milho do país tinha condição entre normal e excelente na última semana, em comparação a 83% na semana anterior”, conclui a consultoria.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 26/02/2024