Antecipando um controle rigoroso, a China conduziu testes em larga escala de soja e milho transgênicos este ano
Como parte dos esforços contínuos para reduzir a dependência das importações, a China concedeu licenças a 26 empresas nacionais de sementes para produzir, distribuir e comercializar sementes geneticamente modificadas de milho e soja em determinadas províncias, conforme relatado pela Reuters, com base em informações do Ministério da Agricultura e Agricultura Rural.
Empresas mencionadas em um aviso do ministério datado de 25 de dezembro incluem a Beijing Dabeinong Technology 002385.SZ e a China National Seed, atualmente pertencente ao Grupo Syngenta. Outras empresas autorizadas operam nas principais províncias produtoras de grãos, como Hebei, Liaoning, Jilin e Mongólia Interior.
Este é o primeiro grupo de empresas chinês a obter licenças para a produção e operação de sementes transgênicas de milho e soja, marcando o início do plantio comercial dessas culturas, conforme anunciado pelo Instituto de Co-Inovação GLOCON Agritech. A China, maior importadora mundial de soja e milho, principalmente do Brasil e dos Estados Unidos, importa anualmente cerca de 100 milhões de toneladas desses grãos para a alimentação do gado. A expectativa é que a melhoria dos rendimentos das variedades geneticamente modificadas de milho e soja contribua para a redução dessas importações.
Antecipando um controle rigoroso, a China conduziu testes em larga escala de soja e milho transgênicos este ano, conforme informou o Ministério da Agricultura, destacando resultados “excelentes” e assegurando a segurança e importância dessa tecnologia. Três fontes da indústria revelaram à Reuters neste mês que os produtores de milho na China estão se preparando para plantar aproximadamente 670 mil hectares de milho transgênico em oito províncias até 2024, mais que o dobro da área plantada em 2023.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 28/12/2023