O Paraguai tem spreads elevados entre comprador e vendedor
No mercado de milho para exportação, as tradings estão carregando agora o que era para embarcar em julho e agosto, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios caíram para $ 84 para os embarques de novembro, mantiveram-se em $ 88 em dezembro, foram fixados em $ 38 para julho/24, em $ 55 para agosto /24 e $ 60 para setembro/24”, comenta.
“A super safra de 2023 está causando problemas na logística, como já falamos aqui anteriormente. O aumento muito acentuado da safra de soja está fazendo os embarques entrarem no segundo semestre (normalmente os grandes volumes eram apenas no primeiro), impactando na ocupação de armazéns nos portos e nos embarques de milho. Já mencionamos em outra ocasião aqui que as Tradings estavam trocando os navios de milho por embarques de soja e, agora, estão embarcando o que era para ser feito em julho e agosto, nos portos de Santos e de Paranaguá, não sem problemas”, completa.
O Paraguai tem spreads elevados entre comprador e vendedor, tanto na exportação como local. “No mercado FAS Assunção o milho voltou a atingir 170,00 U$D/MT, enquanto o vendedor ainda buscava 175,00 – 180,00 U$D/MT para sair das suas posições. Esta diferença entre o comprador e o vendedor deixa os negócios de cereais lentos. O mercado local também não apresentou variações, o que não estimula movimentos.”, indica.
“Os preços aproximados do milho argentino FOB fecharam ao redor de US$ 219 para novembro, U$ 219 para dezembro e US$ 225 para janeiro. Os preços flat do milho mantiveram em US$ 226 FOB nos EUA, subiram para US$ 250 FOB Up River (oficial), na Argentina, subiram para US$ 224 FOB em Santos, no Brasil, estão em US$ 215 FOB na França, estão em US$ 195 FOB na Romênia, estão em US$ 205 na Rússia e US$ 165 na Ucrânia”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 19/10/2023