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O Governo argentino divulgou ontem (20) suas estimativas de perdas para as safras de soja e milho do país. Além de esta safra ter sido marcada pela pior seca dos últimos anos, o Ministério da Agroindústria também considera que a produção de milho, somando grão com destino comercial e forragem, poderá ser maior do que a de soja, fato que ocorre pela primeira vez em 20 anos. É um cálculo com milho que as Bolsas de Cereais não fazem, já que estas consideram apenas o milho comercial.
A Agroindústria estima uma safra de 37.6 milhões de toneladas para a soja, 29% a menos do que a projeção inicial de 53 milhões de toneladas. Para o milho, a produção final ficaria em 42 milhões de toneladas, queda de 18% em relação à estimativa inicial, de 51.5 milhões de toneladas. Até o momento, só eram conhecidas as estimativas das consultorias privadas e das Bolsas de Cereais. A Bolsa de Comércio de Rosário estimou 37.03 milhões de toneladas para a soja e 31.04 milhões de toneladas para o milho, considerando apenas o grão comercial. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires, por sua vez, estimou 38 milhões de toneladas para a soja e 32 milhões de toneladas para o milho.
Além disso, a Agroindústria reiterou que de um plantio de 16.6 milhões de hectares, serão colhidos apenas 15.8 milhões de hectares, com rendimento médio de 2.360 kg (39,3 sacas) por hectare. Para o milho, foram plantados 8.8 milhões de hectares, dos quais serão colhidos 6.7 milhões de hectares, com rendimento de 6.100 kg (101,6 sacas) por hectare. A última vez que a Argentina colheu mais milho do que soja foi na safra 1997/98, com 19.3 milhões de toneladas no milho e 18.7 milhões de toneladas na soja. A soja transgênica foi lançada no mercado em 1996 e, a partir de 1997/98, a safra de soja passou a superar a safra de milho.
Fonte: LA NACIÓN