Nas regiões médio-norte e norte os trabalhos nas lavouras de milho ultrapassaram os 60%, segundo levantamento do Imea
Mato Grosso colheu 49,45% da área destinada ao milho segunda safra 2022/23. No estado, projeções apontam para uma produção recorde de 50,15 milhões de toneladas. Em alguns municípios, como Nova Mutum e Sorriso, já é possível ver cereal à céu aberto por falta de espaço nos armazéns.
Apesar do avanço de 16,39 pontos percentuais na variação semanal, de acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na sexta-feira (7), ao se comparar com o ciclo 2021/22 há um atraso de 24,96 pontos percentuais. Em 8 de julho do ano passado, Mato Grosso registrou a marca de 74,41% da área colhida.
A média histórica dos últimos cinco anos para o período, mostra o Instituto, é de 59,41%.
No dia 3 de julho o Imea divulgou seu relatório mensal de Estimativa de Safra e Oferta & Demanda. Nele, o Instituto aponta que se concretizada a perspectiva de colheita de 50,15 milhões de toneladas, o volume será superior a capacidade estática de armazenagem de grãos para a safra 2022/23 no estado de 44,78 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).
Médio-norte e norte ultrapassam 60% da área
Na região médio-norte 66,23% da área destinada ao milho foram colhidas. Em Nova Mutum e Sorriso, como mostrado pelo Canal Rural no episódio 93 do Patrulheiro Agro, no dia 6 de julho, produtores estão adotando silos bolsas como alternativa de armazenagem, diante a falta de espaço nos armazéns tanto das fazendas quanto de empresas.
“Agradeço quem inventou. É a saída para nós hoje. Não tem espaço, não tem escoamento. Aí começa a ficar difícil, porque não acha nem caminhão. Perde o grão no campo, perde qualidade, ele vai perder peso, risco de fogo. Você tem que tirar ele do campo e pôr em algum lugar. Vai para silo bolsa”, disse o presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Paulo Roberto Zen.
Na região norte, conforme o Imea, foram colhidas 62,78% da área, enquanto no noroeste do estado 45,41%. No nordeste mato-grossense 41,26% da área.
Já nas regiões centro-sul, oeste e sudeste as máquinas chegaram a 38,39%, 34,93% e 30,74% das respectivas áreas.
VIVIANE PETROLI, DE RONDONÓPOLIS (MT)
Canal Rural – 10/07/2023