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O pregão desta segunda-feira (16) foi negativo aos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas durante o dia e finalizaram a sessão com quedas de mais de 3 pontos. O vencimento maio/18 era cotado a US$ 3,82 por bushel, enquanto o julho/18 operava a US$ 3,91 por bushel. “A forte ressaca do trigo está arrastando o milho para baixo”, destacou Richard Feltes, da RJ O’Brien, em entrevista ao Agrimoney.com. Por sua vez, os futuros do trigo caíram mais de 10 pontos em Chicago nesta segunda-feira, uma desvalorização de mais de 2%. “As previsões climáticas mostram outra grande tempestade essa semana que poderia trazer chuvas muito necessárias para as planícies do sudoeste dos EUA”, reportou o analista Bryce Knorr, da Farm Futures.
Além disso, os números dos embarques semanais de milho menores do que os registrados na semana anterior também ajudaram a pressionar as cotações, conforme o Agrimoney.com. Na semana encerrada no dia 16 de abril, os embarques semanais de milho somaram 1.504,6 milhão de toneladas, segundo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Na semana anterior, o volume ficou em 1.940,0 milhão de toneladas. Porém, o volume ficou acima das apostas dos investidores, entre 1.041 milhão a 1.168 milhão de toneladas. No acumulado da temporada, os embarques totalizam 27.983,7 milhões de toneladas, contra as 35.891,7 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano anterior. Contudo, a Reuters destaca que as “preocupações com o frio atrasando o plantio nos EUA mantêm a fraqueza da soja e do milho sob controle”.
O foco dos participantes do mercado permanece na nova safra nos Estados Unidos. No final de semana, nevascas foram registradas em muitas regiões no país. “O radar da noite de domingo mostra que a nevasca ainda atingia o cinturão de milho, enquanto fortes chuvas já haviam atravessado a região”, destacou o WxRisk.com, ao Agrimoney.com.
Mercado interno
O início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Palma Sola (SC), a saca subiu 2,94% e terminou o dia a R$ 35,00. Na Panambi (RS), o ganho foi de 1,41%, com a saca a R$ 34,50. Em contrapartida, em Rio do Sul (SC), a saca caiu 2,67% e encerrou o dia a R$ 36,50. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, permaneceu estável em R$ 36,50.
As negociações ainda caminham lentamente no mercado doméstico, conforme ponderam os analistas. “Produtores consultados estão retraídos, à espera de melhores oportunidades para ofertar o cereal, enquanto compradores adquirem novos lotes apenas quando há necessidade de repor estoques no curto prazo”, reportou o Cepea, em seu comentário semanal.
Paralelamente, as atenções dos participantes do mercado também estão voltadas à produção de milho safrinha. Segundo a Reuters, “as chuvas previstas ao longo da segunda quinzena deste mês em partes do Brasil devem aliviar os temores quanto ao desenvolvimento da segunda safra de milho 2017/18”.
Ainda assim, no Paraná, segundo maior produtor de milho na segunda safra, algumas regiões já enfrentam problemas com a falta de chuvas. Em Doutor Camargo, as lavouras de milho safrinha já apresentam perdas devido à estiagem de mais de 15 dias. A última chuva, de apenas 7 mm, ocorreu no dia 1 de abril na localidade. Em outras cidades, como Umuarama e Assis Chateaubriand, a situação é ainda mais grave e as plantações também registram quebra. Além da ausência de chuvas, as altas temperaturas registradas na região também contribuem para a formação do cenário. De acordo com o produtor rural da localidade, Ildefonso Ausec, se as chuvas retonarem ao município nos próximos dias, algumas lavouras ainda podem recuperar parte do potencial produtivo.
Fonte: Notícias Agrícolas