No Paraná os preços continuam caindo
No mercado do milho do estado do Rio Grande do Sul, que está cada vez mais oferecido, lote e balcão recuam R$ 1/sc, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado de milho sente muito a pressão de vendas de ativos agrícolas (menos soja) assim como o trigo, o que gera uma certa irracionalidade no mercado, e os preços vão tentar resgatar paridade de exportação. No RS as indústrias seguem bem compradas, com o abril e maio cobertos. Desta forma, neste momento, só olham oportunidades e se dão ao luxo de mostrar preços aos vendedores muito aquém dos desejos dos mesmos”, comenta.
“As indicações de preços que ouvimos hoje, seguem as baixas das demais praças. A indústria indicou R$ 73,00 posto Santa Rosa, R$ 76,00 Frederico Westphalen e R$ 75,00 Três Passos, R$ 76,00 Marau e R$ 77,00 Arroio do Meio. Vendedor começa a se jogar no mercado, para não vender soja, pedidas recuaram R$ 4/saca para R$ 76,00 até R$ 80,00 FOB interior. Preços da pedra, em Panambi, caiu para R$ 70,00 a saca”, completa.
Santa Catarina tem preços em queda, com compradores preferindo não indicar valores. “Mercado despencando sem dó nem piedade. Início da semana saíram negócios de milho no planalto norte a R$ 75, depois R$ 73,00 e hoje tenho vendedor a R$ 72 e ninguém está comprando, com as indústrias super abastecidas por ali. Na região de Rio do Sul apareceram ofertas, mas comprador nem quer contraofertar preço com medo que gire! Como referência ouvi comprador por ali a R$ 71,5-72 também”, indica.
No Paraná os preços continuam caindo, seguindo a B3, com indústrias abastecidas e fora de mercado. “Não vimos nenhum negócio concreto nesta segunda-feira, apenas cotações em níveis cada vez menores: em Guarapuava vendedores a R$ 74 e compradores a R$ 72/saca; em Ponta Grossa vendedores a R$ 75 e compradores a R$ 71. Milho paraguaio, preços na origem recuaram US$ 10/t, seguindo as quedas no Basil, mas não vimos negócios realizados”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK -18/04/2023