As cotações do milho subiram um pouco em Chicago
As cotações do milho, em Chicago, subiram um pouco, igualmente, nesta semana pós Páscoa. O bushel do cereal fechou a quinta-feira (13) em US$ 6,52, contra US$ 6,43 uma semana antes.
O relatório do USDA, no dia 11, pouco trouxe de novidades. Ele manteve a última safra estadunidense em 348,8 milhões de toneladas e os estoques finais em 34,1 milhões. Na produção mundial o quadro igualmente não mudou, com estimativa de 1,144 bilhão de toneladas, e estoques finais em 295,4 milhões, com leve recuo sobre março. A produção brasileira de milho foi mantida em 125 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina foi reduzida em três milhões, passando a 37 milhões de toneladas. Diante disso, o preço médio, para este ano comercial, junto aos produtores dos EUA, ficou mantido em US$ 6,60/bushel.
Dito isso, o plantio do milho nos EUA, nesta nova safra, atingia a 3% da área até o dia 09/04, sendo que a média para o período é de 2%. O Estado mais adiantado é o Texas, com 62% de sua área já plantada, contra 58% na média histórica.
Por outro lado, os embarques de milho estadunidenses, na semana encerrada em 06/04, somaram 805.167 toneladas, ficando dentro das expectativas do mercado. Com isso, o total no ano comercial chega a 20,2 milhões de toneladas, ou seja, 37% abaixo do realizado no mesmo período do ano anterior.
E no Brasil, os preços continuaram pressionados para baixo. A média gaúcha fechou a semana em R$ 76,09/saco, enquanto nas demais praças nacionais os preços oscilaram entre R$ 60,00 e R$ 74,00/saco. Já na B3, os contratos de milho bateram, no dia 11/04, nas suas mais baixas cotações em dois anos, após 35 dias seguidos de recuo. Os contratos giram entre R$ 76,00 e R$ 79,50/saco. (cf. Agrinvest)
Em paralelo, o plantio da safrinha 2023 está encerrado no país, sendo que parte da área foi semeada fora da janela ideal.
No Paraná, a semana iniciou com 97% das áreas de milho segunda safra em boas condições e 3% médias. Já a safra de verão local havia sido colhida em 77% de sua área, contra 92% um ano antes. (cf. Deral)
Por sua vez, no Mato Grosso, a comercialização do milho, no final de março, atingiu a 33,7% da produção total esperada. Quanto aos preços, em março houve novo recuo médio, com o mesmo ficando em R$ 54,82/saco. Já em relação a safra futura (2023/24), as vendas antecipadas atingem a 2,5% do total esperado, contra 9,1% na média histórica. (cf. Imea)
Enquanto isso, a Conab informou que a safra de verão havia sido colhida em 51,2% da área semeada no país, sendo São Paulo (95%), Rio Grande do Sul (81%), Santa Catarina (74%), Paraná (73%), Bahia (51%), Minas Gerais (45%), Goiás (5%) e Maranhão (2%). No ano passado, na mesma época, a colheita chegava a 56,7% da área.
E no Mato Grosso do Sul, a safrinha continua projetada em 11,2 milhões de toneladas. Se confirmada, será 12,3% menor do que o colhido no ano anterior. Já em termos de preço, nos primeiros 10 dias de abril o preço recuou 2,7%, se estabelecendo na média de R$ 66,31/saco. (cf. Famasul)
Enfim, segundo a Secex, os embarques de milho brasileiro, em abril, estão melhores do que em igual momento do ano anterior. Nos primeiros quatro dias úteis do mês foram embarcadas 195.345 toneladas do cereal. A média diária é 34,4% superior à média diária de todo o mês de abril do ano passado. O preço da tonelada exportada recuou 12,3% em abril, ficando em US$ 294,50.
A análise é da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário – CEEMA*
Seane Lennon
AGROLINK – 14/04/2023