Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho devolveu parte da alta do dia anterior, na véspera do feriado, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O movimento continuou sendo especulativo: como praticamente toda a safrinha de 2023 está plantada, entramos num mercado de clima no Brasil e, em três dias de feriado, o clima pode aprontar das suas. Também do lado financeiro e político internacional, há incertezas que podem mudar o rumo das coisas. Então, não é prudente ficar comprado a preços considerados, neste momento, elevados, razão pela qual foram colocados levemente abaixo do dia anterior”, comenta.
“Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento maio/23 fechou a R$ 79,79, baixa de R$ -0,23 no dia e baixa de R$ -1,27 na semana; julho/23 fechou a R$ 80,19,baixa de R$ -0,21 no dia e alta de R$ 0,11 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 79,96, baixa de R$ -0,26 no dia e baixa de R$ -0,16 na semana”, completa.
Em Chicago o cereal fechou em baixa com menor demanda da China. “A cotação de maio fechou em baixa de -1,42% ou $ -19,25/bushel a $ 643,50. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,24% ou $ -7,75 bushel a $ 619,75”, indica.
“O milho fechou em baixa nessa quinta-feira, véspera de feriado. Poucas vendas para a China, um momento crítico para o clima, a proximidade do relatório do WASDE, tudo isso antes de um feriado prolongado explicam a posição retraída dos investidores que lidam com muitas variáveis. A China já está há cinco dias sem compras nominais nos EUA. Com a disponibilidade do grão brasileiro e de uma nova tensão política entre EUA e China o mercado espera uma redução na demanda momentânea. Mesmo com uma melhora no clima e uma expectativa de relatório do WASDE positivo para a cotação do milho, o feriado prolongado foi determinante para o investidor agir com cautela. Com isso o milho foi o grão que mais caiu percentualmente durante a semana, -2,57% ou -17,00 cents/bushel”, conclui.