“Na região oeste do Paraná, o preço teria que estar, no mínimo a R$ 88,72″
Informações que foram divulgada pela TF Agroeconômica indicam que os preços do milho teriam que ser maiores do que R$ 91,78/saca para valer a pena ter guardado, mas está atualmente a R$ 85,00, com prejuízo, então. O levantamento foi feito em relação à Região das Missões, no estado do Rio Grande do Sul.
“Na região oeste do Paraná, o preço teria que estar, no mínimo a R$ 88,72 (para empatar com o de dezembro), mas na realidade estão ao redor de R$ 84/85, não compensando ter guardado os lotes no armazém. Como temos dito nas últimas edições, teria sido melhor colher o milho de verão, vendê-lo e aplicar o dinheiro, quer no seu próprio negócio, comprando insumos com desconto ou no banco, do que ter deixado no armazém”, comenta.
No mercado internacional, a China fez, nesta sexta-feira, sua quarta compra consecutiva de milho norte-americano, aumentando o volume para 2,0 milhões de toneladas na semana, deixando o Brasil de lado. “É mais ou menos o inverso do que está acontecendo com a soja (China comprando do Brasil e deixando os EUA de lado). Com isto, as cotações em Chicago subiram 0,24% no dia, 1,60% na semana e 0,75% no mês, embora ainda estejam inferiores 6,25% às cotações do último dia de 2022”, indica.
“No mercado nacional não vemos, também nenhum movimento de formação de posições de milho por parte das Tradings no Brasil, neste momento, para o que resta de safra velha da Safrinha de 2022, ou da safra de verão recém-colhida. O seu interesse começa apenas, em julho, quando da colheita da Safrinha de 2023, mas os preços são tão baixos, que não estão incentivando vendas de produtores”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 20/03/2023