“A lógica do mercado de capitais é justamente essa, trazer o capital privado para o setor produtivo”
Os investimentos de pessoas físicas em produtos ligados ao agronegócio na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) atingiu um percentual de 79%, um público que praticamente dobrou em 2022, chegando a um total de 1,6 milhão de investidores em dezembro último. Esses produtos incluem os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
Nesse contexto, 792 mil investidores despejaram cerca de R$ 180,9 bilhões em recursos nos produtos de agro da B3 somente no ano passado, com um saldo mediano por investidor ficou em R$ 51,7 mil no setor, ou seja, uma elevação de 0,4%, mesmo com um elevado número de aportes. Antes disso, até o final de 2021, o saldo mediano nesse setor era de R$ 51,5 mil por investidor.
Em um comunicado, Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, afirmou que é de grande importância conseguir analisar os dados por setorização, tornando possível o fomento de setores que tem determinada importância na economia do país. “Essa visão setorial é importante para mostrar que investimentos privados, de pequenos investidores, estão ajudando de forma significativa a impulsionar segmentos importantes da nossa economia, enquanto geram rendimentos para quem aplica”, disse.
Um ponto positivo, segundo ele, é que isso está ganhando força no Brasil. “A lógica do mercado de capitais é justamente essa, trazer o capital privado para o setor produtivo, e vemos isso ganhando cada vez mais força no Brasil, dando chance de as pessoas físicas integrarem esse ciclo”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK -16/03/2023