Área semeada na região médio-norte passou dos 40%, enquanto no oeste os trabalhados atingiram apenas 25% na última semana
Milho
A semeadura do milho segunda safra 2022/23 em Mato Grosso segue atrasada em relação ao ciclo passado. Até sexta-feira (10), os agricultores do estado haviam plantado 34,09% da área. Neste mesmo período na temporada passada os trabalhos estavam em 57,09%. Especialistas alertam para o monitoramento quanto à cigarrinha do milho.
Acompanhamento de plantio do milho 2022/23 do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que a média dos últimos cinco anos para o período é de 48,47% da área semeada.
Dentre as regiões do estado, o médio-norte é a com os trabalhos mais avançados. Por lá 40,85% da área de milho já foram plantadas. No norte 39,30% foram plantados, segundo o Imea.
Já no nordeste mato-grossense 32,75%, sudeste 29,26%, centro-sul 27,9%, noroeste 26,32% e oeste 24,98%.
Vale lembrar que o mês de fevereiro é a janela considerada ideal para o cultivo da cultura no estado. Ou seja, os agricultores têm pouco mais de duas semanas para concluir os trabalhos, minimizando os riscos.
Com o avanço do plantio e do desenvolvimento do milho, os produtores devem ficar atentos quanto aos tratos culturais, em especial à cigarrinha do milho.
Conforme a pesquisadora da Fundação MT, Lucia Vivan, é essencial que o produtor realize o tratamento de sementes para o controle da cigarrinha, e até mesmo para o percevejo barriga verde, uma vez que é o mesmo, além das aplicações iniciais para o manejo da população.
“O mais importante é o produtor monitorar essa área e observar que após as aplicações para o percevejo muitas vezes ele precisa continuar essas aplicações para a cigarrinha. Geralmente a gente observa talvez mais cinco, seis aplicações”, comenta a pesquisadora.
Outro ponto destacado pela especialista da Fundação MT é o uso de sementes hibridas tolerantes cigarrinha, somada a eliminação de plantas tigueras de milho.
“Os produtores que estão plantando o milho segunda safra próxima de áreas de milho safra também precisam de uma atenção maior, porque com certeza teve a presença desse inseto naquela área de milho safra, o que pode oferecer uma população maior”, alerta.
POR VIVIANE PETROLI, DE RONDONÓPOLIS (MT)
Canal Rural – 13/02/2023