O diretor da Brasoja salienta que as perdas serão no mínimo de 20% ou seja, menos 4,5 milhões de toneladas
O Rio Grande vive uma sequência de dias quentes e ensolarados, com poucas perspectivas de chuvas volumosas nos próximos dias e com isso os impactos já podem ser projetados. Ainda com os registros de chuva dos últimos dias, a situação permanece inalterada, pois as chuvas foram importantes, mas não resolvem o déficit. Além dos municípios que já enfrentam racionamento de água, milhares de produtores rurais lidam com perdas.
O diretor da Brasoja, Antonio Sartori, comenta que já é uma sequência de três anos dos efeitos de La Niña. “Hoje já sabemos que mesmo que chova até a colheita, as perdas são irreversíveis, de no mínimo 20% ou seja, menos 4,5 milhões de toneladas”, explicou o diretor. Para a cultura da soja havia uma expectativa de chegar a 22 milhões de toneladas.
Sartori ainda ressalta que no milho, pois as perdas são maiores. “Tínhamos a estimativa de colher 6 milhões de toneladas, e hoje já projetamos colher 4 milhões de toneladas, ou seja uma perda de 2 milhões, é uma perda irreversível e os números permanecem ainda chova até a data da colheita”.
Para a situação atual, não há opção, os riscos climáticos no mundo são crescentes e eventos extremos, com grandes volumes de chuva, falta de chuva, baixas temperaturas ou dias muito quentes, e estes eventos são recorrentes e vão continuar contínuos. O diretor da Brasoja acrescenta “só há uma solução: irrigação. É preciso ser feito. Deve ser um plano de Estado e não de governo”, completou.
Aline Merladete
AGROLINK – 30/01/2023