O Brasil vem exportando volumes recordes nos últimos meses
A China reduziu as importações de milho e acabou esfriando as vendas brasileiras, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios para julho23 subiram para $ 97 cents/bushel para julho23 e $ 97 para agosto23 e $113 para setembro”, comenta.
“As importações chinesas de milho alcançaram 870 mil toneladas em dezembro, volume 34,9% inferior ao registrado em dezembro de 2021. No acumulado do ano passado, o país importou 20,62 milhões de toneladas do cereal, de acordo com dados divulgados hoje pelo Departamento de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês). Esta queda forte, de um terço em relação ao ano passado, está refletindo no Brasil, que tinha nesta demanda uma forte esperança de poder enxugar os seus estoques internos que, agora, pressionam os preços”, completa.
O Brasil vem exportando volumes recordes nos últimos meses. “A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) elevou ontem sua previsão para embarques brasileiros de milho em janeiro, de 5,025 milhões para 5,178 milhões de toneladas. O vencimento março do grão perdeu 4,00 cents (0,58%), para US$ 6,8125 por bushel. Segundo analistas, a influência do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), publicado na última quinta-feira, finalmente perdeu força. Na ocasião, a estimativa final para a produção norte-americana em 2022/23 foi reduzida de 353,82 milhões para 348,74 milhões de toneladas, enquanto o mercado previa 353,62 milhões de toneladas”, indica a consultoria.
“O interesse de compra se esgotou e, com a previsão meteorológica indicando mais chuvas para a América do Sul, o caminho de menor resistência parece ser para baixo”, diz Donna Hughes, da StoneX.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 19/01/2023