O programa brasileiro de milho está próximo de 42 milhões de toneladas
No mercado externo, o preço do milho brasileiro se manteve US$ 10/t mais barato que o norte-americano, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O prêmio de dezembro recuou para $ 63/bushel, julho23 subiu para $ 88 cents/bushel e agosto23 para $90/bushel e setembro não foi cotado”, comenta.
“O milho na China continua se afastando das máximas. A indústria chinesa de amidos e açúcares operou em novembro com 42% da capacidade. Em novembro o volume de recebimento de cereais voltou a crescer, menos o milho. A arbitragem do milho na China contra o milho importado ainda não está boa. A preferência continua sendo trigo francês, cevada da Austrália e sorgo da Argentina. O lineup de milho do Brasil para a China está crescendo. Segundo a contagem da Cargonave passou de 1,1 milhão de toneladas”, indica.
O programa brasileiro de milho está próximo de 42 milhões de toneladas. “Provavelmente vai passar de 44 milhões até final de janeiro e fevereiro deve continuar embarcando. A quebra da safra de milho no RS não estava no combinado. A B3 começa a refletir um certo descolamento do mercado interno em relação à PPE para fevereiro e março. Os consumidores de milho no RS estão de olho no milho tributado. O risco para a cerealista do MS e MT sempre é a disparada do frete. A boa notícia é que os mapas mostram menos chuvas para janeiro no MT e continuidade até abril para toda a região central”, indica.
Enquanto isso, os prêmios na Argentina estão 37 cents/bushel mais altos que os brasileiros. “Os prêmios (e preços finais) do milho argentino estão muito mais caros do que os do milho brasileiro, como se pode ver abaixo, não entusiasmando importação. Os preços flat do milho recuaram para US$ 308 FOB nos EUA, permaneceram a US$ 315 FOB Up River, na Argentina e subiram para USD$ 298 FOB Santos, no Brasil”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 21/12/2022