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Cultura do milho no Estado já conta com 72% da área cultivada colhida e apresenta 1% das lavouras ainda em desenvolvimento vegetativo
A cultura do milho no Estado já conta com 72% da área cultivada colhida e apresenta 1% das lavouras ainda em desenvolvimento vegetativo; 3% em floração e 12% em enchimento de grãos. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (15/03), a condição do clima no geral vinha proporcionando um bom desenvolvimento para o milho safrinha. Todavia, a falta de chuva em algumas localidades da região das Missões já começa a apresentar problemas para o desenvolvimento do milho que está entrando em floração e ou formação da espiga. É muito importante que ocorra chuva nestas localidades para garantir uma boa safra e reduzir a apreensão dos produtores.
Se existe a expectativa de redução na produtividade dessas lavouras devido à redução de chuvas nessa região, nas lavouras de milho da safra principal as produtividades obtidas confirmaram e até superaram em alguns casos a expectativa inicial. Na região Norte do Estado, é intensa a movimentação de milho para liberar os armazéns para posterior armazenamento de soja, que deverá ter a colheita intensificada a partir de agora.
Já a cultura da soja vem evoluindo rapidamente para o estágio de maturação fisiológica. As primeiras áreas colhidas estão apresentando produtividade dentro do esperado, mas abaixo da expectativa criada pelos produtores que, em meados de fevereiro, ainda desejavam obter rendimentos similares aos do ano passado.
No geral, o clima vinha contribuindo para o bom desenvolvimento da oleaginosa, que avança em seus estádios evolutivos. Na maioria das lavouras, as plantas estão com bom porte. Entretanto, a redução das chuvas nesta primeira quinzena de março tem ocasionado apreensão nos produtores, uma vez que em localidades que não receberam chuvas nos últimos 20 a 25 dias, assim como em áreas de solo raso, já se observam partes de lavouras com soja que estão secando e plantas com sintomas de deficiência hídrica e má formação de vagens e grãos, com provável redução da produtividade esperada.
Na Fronteira Oeste e Campanha, duas importantes regiões produtoras de arroz, as condições climáticas continuam favorecendo a realização de tratos culturais nas lavouras e também os trabalhos de colheitas. Nas áreas semeadas em setembro, os tratos culturais ocorrem de forma acelerada, sendo que em alguns municípios destas regiões já foram colhidas mais de 30% das áreas. Esse fato tem compensado atrasos em outras regiões que sofreram mais com as intempéries, ainda em novembro, durante o plantio.
Em termos gerais, a colheita do arroz no Estado atinge 13% da área plantada. Os dias com boa luminosidade e temperatura elevada foram benéficos para as lavouras que se encontram, na sua grande maioria, em enchimento de grãos (60%) e maturação (20%), mantendo expectativas positivas quanto à futura produção. A colheita do feijão 1ª safra segue em andamento nos Campos de Cima da Serra, última região a implantar as lavouras do primeiro ciclo e, em especial, os municípios de Muitos Capões, Esmeralda e Vacaria, onde se concentra quase a totalidade da área de feijão da região.
A safrinha de feijão está em formação de vagens, com lavouras apresentando bom aspecto e bom estado sanitário quanto a doenças e pragas, devendo resultar em bons rendimentos, se mantidos o clima e estado sanitário. Boa parte dessa cultura de segunda safra no RS se destina à subsistência familiar, com reserva de sementes e venda de alguns excedentes. Em áreas das regiões Celeiro, Fronteira Noroeste e Alto Jacuí, elas estão com bom desenvolvimento, sendo a grande maioria cultivada em áreas com sistema de irrigação. Produtores realizam os tratos culturais e é baixa a incidência de pragas e doenças.
Fonte: EMATER – RS