As negociações no Paraguai seguem em ritmo lento
No mercado de milho brasileiro para exportação, problemas logísticos afetaram a comercialização do cereal, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O prêmio de dezembro subiu para $ 93/bushel, julho23 para$ 50 cents/bushel e agosto23 subiu para $ 90 e setembro permaneceu a $ 81 cents/bushel”, comenta.
“Os problemas logísticos de entrada e saída nos armazéns no interior do país e de acesso ao porto de Paranaguá (por quedas de barreiras que levarão 10 dias para serem consertadas) ainda não foram resolvidos e, somados à queda do dólar e de Chicago, continuam arrefecendo o ânimo dos compradores e, com isto, não ofereceram os preços que os vendedores desejam, nem no Paraná, nem no Centro-Oeste do país. Apesar disto, percebe-se que a China realmente está comprando e embarcando milho brasileiro, como mostram os Line-Ups dos diversos portos. Já estão comprometidas cerca de 2,0 milhões de toneladas para este destino, pelo menos”, completa.
Os preços do milho argentino recuaram acompanhando Chicago. “O relatório das corretoras de Buenos Aires registrou preços US$ 3/t mais baixos. Com isto os preços finais equivalentes terminaram o dia a U$ 287 dezembro, 292 janeiro, 306 março, 301 abril e maio, 265 julho e 263 agosto. Os preços flat do milho recuaram para US$ 327 FOB nos EUA, recuaram para US$ 298 FOB Up River, na Argentina e recua para USD$ 297 FOB Santos, no Brasil”, indica.
As negociações no Paraguai seguem em ritmo lento. “O cereal está perdendo ritmo, com preços estáveis na maioria dos mercados, os vendedores estão optando por esperar muitas demandas Eles não têm mais espaço para este ano, o que leva o vendedor a apostar no próximo semestre para sair com suas posições, apostando mais que tudo na indústria local e no mercado brasileiro, já que os programas da FAS devem terminar em meados de dezembro, antes da entrada da soja”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 01/12/2022