No Paraná a exportação recuou os preços, então só andou o mercado interno
No estado do Rio Grande do Sul o mercado de milho está parado, com exportação estagnadas e indústrias comprando fora, segundo a TF Agroeconômica. “Mercado gaúcho de milho está terminando o 10º mês seguido andando de lado, porque os compradores conseguem matéria-prima fora do estado a preços menores do que os vendedores locais desejam. Alertamos que a não-comercialização acumula estoques e continuará mantendo preços baixos também depois que vier a safra nova, daqui a dois meses e meio”, comenta.
Santa Catarina tem o mercado quieto, sem negócios locais, nem exportação. “Mercado de milho no estado, sem mudanças. No mais tudo na mesma balada: vendedor achando que o preço é pouco e comprador querendo baixar. No mercado local os vendedores falam em R$ 95/saca FOB. Os compradores estão tentando trazer o mercado para trás, diante do grande estoque ainda disponível. Muitos até estão estudando trocar a fórmula da ração para colocar trigo também, que neste ano, terá uma produção maior”, completa.
No Paraná a exportação recuou os preços, então só andou o mercado interno. “Negócios de 5.000 tons no Oeste a R$ 86 CIF para duas empresas grandes. E, Londrina outras 1.000 tons a R$ 85,50. Nos Campos Gerais mercado totalmente parado, com vendedores querendo no mínimo R$ 90,00 FOB. Com as quedas de Chicago e do dólar, os preços recuaram cerca de R$ 2/saca para o máximo de R$ 90/saca nos portos, o que não agradou os vendedores, que recuaram”, indica.
Mercado estável no Mato Grosso do Sul, sem suporte para alterações com queda do dólar. “Mercado bem frio, muita chuva e queda do dólar; indicação hoje a R$ 77/saca FOB Dourados, com ofertas a R$ 79- 80/saca. Já estão comercializados 60 % de uma safra de 13 milhões de toneladas, ou 7,8 milhões de toneladas, o que significa que o estado ainda tem disponíveis 5,2 milhões de toneladas para comercializar”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 24/10/2022