A União Europeia também enfrenta um momento de grande adversidade climática com a seca impactando a produção do cereal, com a safra estimada atualmente em 56 milhões de toneladas pelo USDA, queda de 21% frente à safra anterior.
Por outro lado, não se pode descartar a hipótese de que a desaceleração da atividade econômica global – com especial destaque para a China – poderá ter seus efeitos sentidos também em uma revisão para baixo do crescimento projetado de consumo/importação de alguns países.
No Brasil, o cenário de confortável disponibilidade do grão diante da boa produção da 2ª safra deve levar as cotações locais para os níveis de paridade de exportação, o que, sugere espaço limitado para quedas no Brasil diante das expectativas de preços sustentados na CBOT e câmbio desvalorizado. Entretanto, no curto prazo, como ainda há 37% do milho safrinha para ser comercializado, os preços do cereal poderão se descolar das cotações internacionais em um movimento para liberar os armazéns com a chegada da soja.
As informações são da consultoria Itaú BBA.