“O Brasil está ofertando o setembro a +90Z (90 centavos por bushel acima do contrato dezembro)”
De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a exportação lenta acabou atrasando a alta do milho no Brasil, principalmente na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3). “No Brasil e na Argentina nota-se a falta de compradores para setembro. As ofertas de milho para setembro na Ucrânia continuam aparecendo. Houve negócios na semana passada ao equivalente a +20Z – já ajustando o pedágio logístico, seguro mais caro e o tempo de espera das inspeções”, comenta.
“O Brasil está ofertando o setembro a +90Z (90 centavos por bushel acima do contrato dezembro). Falam que a China teria comprado alguns barcos. O ministro da Ucrânia fala em embarques totais de cereais em 6 milhões de tonelada para outubro, o dobro do atual. Um total de 61 barcos já saíram pelo corredor de grãos, sendo 37 de milho. Este movimento internacional atrasa a exportação do Brasil e pressiona os preços internos e da B3”, completa a consultoria.
Com isto, as cotações futuras fecharam em queda. “O vencimento setembro/22 fechou a R$ 85,57, queda R$ 0,49 no dia e alta de R$ 0,32 na semana (últimos 5 pregões); já novembro/22 fechou a R$ 89,85, queda de R$ 0,23 no dia e alta de R$ 1,95 na semana e janeiro/23 fechou a R$ 94,0, queda de R$ 0,09 no dia e alta de R$ 2,59 na semana”, indica.
A cotação do milho para setembro, que é o novo mês base, fechou em queda de 0,33% ou $ 2,25 cents/bushel a $ 681,50. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 0,52% ou $ 3,50 cents ou a $ 684,25. “Tomada de lucros após atingir máximas de 2 meses, dadas as perspectivas de menor rendimento e produção nos EUA”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 31/08/2022