O Paraná tem mercado mais agitado, mas preços menores
O mercado de milho do Rio Grande do Sul continua sentindo a pressão pela oferta de fora, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado segue igual, compradores e vendedores locais, muito ausentes. Fábricas com foco total em receber contratos futuros do centro-oeste, sem olhar muitas ofertas novas”, comenta.
“Há muitas reclamações sobre atrasos de entregas dos milhos contratados, que acaba tumultuando o mercado, pois a indústria não faz novas compras, para não comprometer seus fluxos de recebimentos. O spread do Interesse de compra no RS aumentou a agora situa-se entre R$ 89,00 até R$ 92,50 dependendo da localização, tanto para diferido quanto para tributado. Porém não se acha ofertantes nestes níveis”, completa.
Santa Catarina vê preços do milho do Centro-Oeste menores do que o do milho local. “Continuam os pequenos negócios para pequenas granjas, mas nada que forme mercado. Os vendedores continuam resistindo em fazer negócios com preços mais baixos. Os preços do milho dos estados do Centro-Oeste chegariam ao redor de R$ 78,50, abaixo das pedidas dos vendedores locais. Os grandes compradores continuam recebendo contratos fechados anteriormente no Centro-Oeste do país, sem nenhum interesse nas ofertas locais (mais altas), no momento”, indica.
O Paraná tem mercado mais agitado, mas preços menores. “Na ferrovia, em Maringá, negociadas 2.000 t a R$ 82,00 pagamento final de setembro. Perto de Londrina 1.000 t a R$ 78,00. No noroeste do estado, 5.000 tons a R$ 77,00. Houve mais negócios pontuais, inclusive em Cascavel (de milho ruim) mas lotes pequenos. No mais, as ofertas de compradores e as indicações de compradores ficaram assim. nesta terça-feira: Guarapuava R$ 82,00 x R$ 80,00/saca; Ponta Grossa R$ 81,00 x R$ 77,00; Cascavel R$ 78,00 x R$ 76,00. No porto as cotações recuaram entre R$ 0,30-0,5/saca em relação a ontem”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 03/08/2022