Maior procura por defensivos para a safra de inverno de 2022
De acordo com o especialista em análise de mercado e agronegócios Carlos Cogo, “o cenário atual indica que não faltará defensivos para a safra 2022/2023”. O Brasil responde por 20% do mercado global de defensivos e é suprido em grande parte por importações – que correspondem entre 70% a 75% da demanda interna.
“Ainda estão sendo registrados atrasos na entrega de matérias primas, mas a expectativa é que haja tempo suficiente para recompor a produção para o início da safra de verão (1ª safra 2022/2023) e não há motivo para receio de falta de produto na próxima temporada”, afirma o líder da Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio.
Segundo ele, também está ocorrendo “maior procura por defensivos para a safra de inverno de 2022, especialmente para o trigo, cuja área cresceu 20% na comparação com a temporada passada”. Sobre o herbicida mais usado no Brasil, essencial na dessecação pré-semeadura, Cogo destaca que o glifosato está “ingressando normalmente”, sendo que 95% das aquisições brasileiras são provenientes da China”.
Até o final de julho, completa o especialista em análise de mercado e agronegócios, a estimativa é que 70% do total de defensivos necessários para tratamento da produção da safra 2022/2023 já estejam no Brasil.
CUSTO
Ainda de acordo com a Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, para custear a aquisição do pacote de defensivos exigidos para cada hectare de soja nas Regiões Sul e Sudeste Soja foram necessárias 4,1 sacas de 60 quilos na temporada 2021/2022. Na região dos Cerrados, esse número foi de 5,9 sacas/hectare.
A projeção para a próxima safra 2022/2023 é que esse custo suba para 6,8 sacas 60 quilos para custear os pesticidas aplicados em cada hectare da oleaginosa nas Regiões Sul e Sudeste. Enquanto isso, nos Cerrados esse gasto vai disparar para 9,6 sacas/hectare.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 28/07/2022