O acordo que está sendo estabelecido neste momento abarca um volume total ao redor de 10 milhões de toneladas
De acordo com a agência de notícias Reuters, Cesário Ramalho, chefe de assuntos institucionais do grupo de produtores de milho Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) está conversando com a China sobre a aceitação de certos tipos de milho transgênico cultivado no Brasil. A partir disso, o Brasil deve começar a vender pra China antes do final do ano.
Nesse cenário, uma análise com projeção matemática, feita pelos técnicos da TF Agroeconômica sugere que os preços do milho no segundo semestre de 2022 podem ser positivamente afetados por esta medida. “No seu último relatório, do dia 7 de julho, a Conab estimou as exportações brasileiras de milho em 37,5 milhões de toneladas, alta de 12,41% em relação à última safra cheia de 2019/20. Este aumento cobriria apenas o aumento de produção no mesmo período, que foi de 12,75%, não cobrindo, portanto, uma demanda extra de um mercado tão grande, como a da China”, indica.
O acordo que está sendo estabelecido neste momento abarca um volume total ao redor de 10 milhões de toneladas. “Se somente metade disto for exportado no segundo semestre de 2022 pelo Brasil para o mercado chinês, os preços do milho tenderiam a subir, dos atuais R$ 85/89,00/saca, até um nível ao redor de R$ 102,00/saca nos mercados de lotes do interior do país, um pouco mais nos três estados do Sul, que tem alta demanda interna”, completa.
“Os preços FOB do milho brasileiro tiveram um direcionamento errático nesta segunda-feira. Agosto não foi cotado, setembro caiu para US$ 270, outubro manteve US$ 298, novembro caiu a US$ 282 e dezembro caiu para US$ 286/tonelada”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 20/07/2022