A safra no Paraguai teve o maior avanço semanal desde o início oficial da safra
A maioria dos meses se manteve com os mesmos valores relacionados ao milho de exportação do Brasil, segundo informações da TF Agroeconômica. “Os preços FOB do milho brasileiro tiveram um direcionamento errático nesta segunda-feira. Agosto ainda manteve US$ 293, mas setembro subiu para US$ 276, outubro manteve US$ 298, novembro manteve US$ 285 e dezembro manteve US$ 289/tonelada”, comenta.
Na Argentina, os preços começam a semana em alta de US$ 2/t, por subida dos prêmios e de Chicago. “As altas da cotação do milho em Chicago foram compensadas com a nova queda dos prêmios na Argentina e levaram os preços dos navios Handysize para: agosto subiu para US$ 258, setembro para US$ 260; outubro, novembro e dezembro não foram cotados. Para safra nova, março23 foi cotado a US$ 254 e abril a US$ 250/t. Para os navios Panamax, os preços subiram para US$ 268 agosto e US$ 270 setembro”, completa.
A safra no Paraguai teve o maior avanço semanal desde o início oficial da safra na semana de 10 a 16 de junho com 16 pontos percentuais ou o equivalente a 185 mil hectares colhidos em uma semana. Os rendimentos médios são de 6,51 ton/ha.
“O item danificado que na exportação deve ser de 5% para o mercado mundial e 6% para o Brasil, deixa de ir diretamente das colheitadeiras para os caminhões e de lá para os estoques. O fungo Gibberella apresentou clima ideal para sua proliferação, principalmente nas regiões norte, leste e sul do Alto Paraná. Há registros de estoques onde mais de 50% do seu recebimento diário de milho nas últimas semanas tem índices de danos entre 8 e 20% e que precisam de um trabalho especial para não infectar o milho que atende aos padrões de exportação e que tem um custo mais reduzido dos preços do milho. Há dois meses ninguém esperava isso em termos de qualidade”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 19/07/2022