Na China a semana foi de forte queda para os contratos agrícolas
Os fundamentos atuais do mercado agrícola global são altistas, já que a oferta não tem “sobras” para substituir o déficit e a necessidade da demanda. No entanto, os preços de todos os futuros de agronegócios listados no mercado norte-americano CME Group desabaram, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica.
“Não se trata apenas de matérias-primas agroindustriais, pois o fenômeno baixista abrange também o restante das commodities energéticas e metálicas. Embora o evento, de imediato, seja assustador devido às violentas vendas massivas realizadas por administradores de grandes carteiras de investimentos, em perspectiva – levando a cesta de matérias-primas incluída no índice Bloomberg Commodity Index Total Return – o panorama poderá eventualmente ser considerado uma “correção” destinada a garantir lucros diante da incerteza”, comenta, citando a Agrinvest.
Na China a semana foi de forte queda para os contratos agrícolas, pressionando ainda mais as margens de esmagamento, mas melhorando as margens do suinocultor chinês. “A liberação das exportações de óleo de palma pela Indonésia trouxe forte movimento de liquidação para os óleos vegetais na China, jogando o óleo de soja, o óleo de palma e o óleo de canola para as mínimas de três meses. A queda do farelo nessa semana foi a maior queda semanal desde 2013. As margens no spot caíram $15 por tonelada em média. Falando com traders, a China comprou menos de 10 barcos essa semana contra 18 na semana passada – 18 já era baixo. As vendas de farelo na semana no mercado chinês empacaram”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 27/06/2022