O milho do Paraguai naturalmente apresentou melhora
Mesmo com uma alta na Bolsa de Chicago, os prêmios do milho brasileiro para exportação registraram queda nesse meio de semana, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “A justificativa para a queda nos prêmios é que a China parece bem estocada de milho e cereais nas regiões onde o consumo é maior, reduzindo muito a possibilidade de arbitragem contra o milho importado, o que pode ser um freio ao volume importado”, comenta.
“Os embarques para julho subiram US$ 2/t para US$ 328/t (equivalente hoje a aproximadamente a R$ 95,82 no porto); agosto também subiu US$ 4/t a US$ 331, setembro subiu US$ 7/t para US$ 332, nos portos de Santos ou Tubarão-ES”, completa.
Na Argentina, a alta de Chicago e queda menor nos prêmios fizeram os preços avançarem. “Com a leve queda nos prêmios e alta nas cotações em Chicago os preços para os navios Handysize a de julho subirem US$ 5/t para US$ 298/t. Para agosto subiram US$ 4/t para US$ 305 e setembro para US$ 295. Outubro foi cotado a US$ 324/t. Para safra nova, em março23, não houve cotação. Para os navios Panamax, os preços avançaram para US$ 320/t para julho e para US$ 319 para agosto e foram cotados a US$ 321 setembro e US$ 324 para outubro”, indica.
O milho do Paraguai naturalmente apresentou melhora, mas os valores ainda não são suficientes para estimular os vendedores neste momento, principalmente pela qualidade exigida e pelas condições climáticas atuais. “Algumas áreas já começam a apresentar problemas, devido à alta umidade dos últimos dias, com doenças que estão surgindo, que podem prejudicar tanto a produtividade quanto a qualidade. O mercado brasileiro manteve os números estáveis, mas os vendedores seguem cautelosos devido a questões de fronteira, agora somadas às preocupações de qualidade”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 08/06/2022