Clima excelente até agora e aumento de área muito maior do que o esperado
O Paraguai deverá aumentar sua produção de milho “safrinha” e exportar mais nesta temporada, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. O país vizinho é um dos que mais crescem no mundo em produção de grãos, e vem aproveitando muito seu clima favorável para o cultivo de diversas safras anuais.
“Em menos de um mês, os agricultores norte-americanos começam a plantar seu milho 2022/2023 e, em dois meses e meio terminam. Exatamente no mesmo intervalo de tempo que o milho sazonal de 2022 do Brasil e do Paraguai confirmará, ou não, suas estimativas – que já são superiores às estimadas há cerca de um mês, de pouco mais de 90 milhões de toneladas no Brasil e pouco mais de cinco milhões de toneladas no Paraguai”, afirma o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Pacheco.
De acordo com o especialista, com o clima excelente de março e para uma área muito maior do que o esperado, o volume de colheita no Paraguai ficará longe de seis milhões de toneladas. “E para comemorar uma safra de milho como esta, porém, o Paraguai terá que exportar um volume de milho que nunca exportou para não sofrer um refluxo de preço, o tamanho da produção será versus suas limitações logísticas”, conclui Pacheco.
MILHO ARGENTINO
Os preços do cereal dos argentinos voltaram a subir entre US$ 4-8/tonelada na abertura da semana, com a alta das cotações na Bolsa de Chicago (+1,94%) e a manutenção dos prêmios. Os valores subiram US$ 7/t para US$ 306/t ou R$ 98,51 nos portos brasileiros contra R$ 97,84/saca, do dia anterior.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 05/04/2022