“Tivemos outro dia muito nervoso e agitado hoje no mercado argentino de grãos”
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de grãos da Argentina pode ser classificado como irracional. “No mercado à vista, a Argentina acordou com os relatórios de uma venda concluída em 110 c/bu sobre os futuros de maio para março com outro para julho a 55 c/bu sobre os futuros de julho, ambos negociando na oferta mais baixa de ontem, com ofertas para março subindo 5 c/bu para 115 c/bu sobre os futuros de maio de hoje”, informou a consultoria.
“Tivemos outro dia muito nervoso e agitado hoje no mercado argentino de grãos. Nós não temos sido capazes de obter indicações de venda para o milho nova safra e todos os preços conseguimos reunir na parte da manhã para a safra velha foram puxados por vendedores durante o curso do dia. Os motivos são as questões climáticas e situação política e econômica pouco claras (o spread de taxa oficial de dólar versus taxa de mercado negro em 120% hoje!!!). Os agricultores estão retendo produto, esperando novas desvalorizações cambiais; nova demanda aparecendo com compra da China… Todas essas questões provaram muito favorável à precificação. Vamos tentar montar um mercado novamente amanhã, se possível”, comentou um corretor de grãos local citado pela TF.
E no Brasil, os exportadores puxaram a maioria das ofertas para a safra antiga após um aumento nos preços domésticos, com a curva avaliada em 1 c/bu mais alta no dia até junho. “Enquanto nos EUA, as ofertas para envio de março da PNW marcaram 3 c/bu mais alto para atingir 160 c/bu sobre os futuros de março, sem nada oferecido para lotes anteriores. O mercado de milho da Ucrânia subiu mais alto na quinta-feira, em meio à contínua demanda de comerciantes que enfrentam ter que cobrir contratos previamente assinados em meio à lenta venda de agricultores”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 16/10/2020