O USDA (Departaemnto de Agricultura dos Estados Unidos) informou novas vendas para a China que somaram mais de 600 mil toneladas entre soja e milho da safra 2020/21 nesta quarta-feira (14).
Foram 420 mil toneladas do cereal e 264 mil toneladas da oleaginosa. “A China continua comprando soja e milho nos EUA, conferindo sustentação aqos preços internacionais”, explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
Segundo cálculos da consultoria e considerando “50% das vendas para desconhecidos como China” as vendas totais norte-americanas para a nação asiática são de 12,73 milhões de toneladas da oleaginosa e de 10,75 milhões de toneladas do cereal.
As questões ligadas à segurança alimentar na China vem ganhando cada vez mais peso e expressão, na medida em que o país vem recompondo seus estoques de alimentos e recompondo, em um ritmo bastante considerável, seus planteis de suínos após os agressivos picos de Peste Suína Africana.
Dados da Administração Geral de Alfândegas divulgados nesta terça-feira (13) mostraram que, em setembro, as importações chinesas de soja foram de 9,8 milhões de toneladas e aumentaram 19% em relação ao mesmo mês de 2019 e 1,9% se comparadas a agosto de 2020. Os embarques, todavia, eram em sua maioria do Brasil, com algumas cargas que estavam atrasadas e começaram a ser liberadas no mês passado pela alfândega.
Não só os números das vendas norte-americanas são favoráveis, como também os de embarques semanais que vem sendo reportados pelo USDA. “Os embarques parecem os dos velhos tempos, antes da guerra comercial ou da Peste Suína Africana na China. Essas vendas robustas precisam ser embarcadas e isso está acontecendo até o momento”, diz a analista internacional Karen Braun.
Em toda a temporada, os embarques americanos de soja já somam 9,095,531 milhões de toneladas, enquanto na anterior eram pouco mais de 5 milhões.
Os embarques de milho dos EUA já não apresentam a mesma robustez e, ainda segundo Karen, em partes pelo fato de que a colheita de milho no país se conclui depois da soja e pelo período de outubro a dezembro não ser um período tradicionalmente forte para as exportações do grão norte-americano.
O total no ano comercial chega a 4,319,958 milhões de toneladas, bem acima do anterior, quando eram pouco mais de 2,5 milhões.
Notícias Agrícolas – 14/10/2020