Clima na América do Sul será determinante para as próximas movimentações em Chicago
Após semanas em alta, a soja voltou a recuar na Bolsa de Chicago (CBOT), retornando ao patamar de US$ 10,00 por bushel nos contratos mais curtos. “A demanda chinesa foi menos intensa ao longo da semana, e dá sinais de enfraquecimento diante de estoques já abastecidos no país”, aponta a Consultoria ARC Mercosul.
De acordo com os analistas, o clima na América do Sul será determinante para as próximas movimentações em Chicago, assim como o resultado final da safra norte-americana. “Assim como na soja, o milho também registrou queda na semana, refletindo principalmente a entrada da safra americana e dúvidas sobre a continuidade da demanda chinesa”, dizem os analista.
“Existe ainda espaço para suporte, com perdas sendo confirmadas na safra do Mar Negro e da União Europeia, e incertezas ainda presentes sobre o início da safra da América do Sul. Cresce a expectativa de que a China seja importador mais intenso em 2020/21”, conclui a equipe da ARC Mercosul.
CÂMBIO EM ALTA, PRÊMIOS EM BAIXA
Diante das fortes altas do Dólar sobre o Real, os prêmios de exportação para 2021 perderam força, porém sem variações significativas, aponta a ARC: “Estoques de soja para 2020 muito baixos no país, com indústrias devendo antecipar paralisações neste final de ano. Brasil embarcou 1,29 milhão de toneladas na última semana, com compromissos de exportação de soja chegando agora a 79,27 milhões de toneladas, recorde para o período, 29,7% acima de 2019”.
“Por mais uma semana os mercados financeiros globais refletiram as incertezas quanto ao ritmo da recuperação econômica global e a possível ocorrência de uma segunda onda de Covid-19 em partes do mundo. Pela terceira semana consecutiva o dólar acumulou altas frente ao Real, recuperando patamar próximo dos R$5,60. Na cena interna, destaque para as preocupações com a situação fiscal brasileira”, concluem os analistas.
AGROLINK -28/09/2020