Anderson Galvão da Céleres Consultoria explica o cenário que dá sustentação às cotações do cereal no Brasil e não descarta novas altas nos preços neste restante de 2020. Analista aponta ainda conjuntura favorável em 2021 para manutenção das cotações altas
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Os preços do milho retomaram a tendência de alta no Brasil. O indicador Cepea opera ao redor dos R$ 60,00 e a Bolsa Brasileira (B3) registra cotações futuros maiores do que os R$ 62,00 e este deve ser o cenário para o restante deste ano de 2020.
Segundo o analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, todos os componentes necessários para a manutenção dos preços em patamares sustentados estão presentes e vão seguir nos próximos meses. Entre eles, cita a demanda aquecida, as exportações em ritmo forte, uma safra norte-americana menor do que o esperado inicialmente e, principalmente, um câmbio com o dólar valorizado.
Galvão destaca que o cenário é positivo ao produtor brasileiro desde 2019, se manteve assim durante 2020 e promete estender o bom momento também para 2021. “O remanescente do segundo semestre de 2020 está dado com preços firmes generalizados Brasil a fora. O cenário ainda é de um Real desvalorizado então o risco para derrubar as cotações do milho é razoavelmente baixo”, explica.
Outro fator que entra no radar do mercado para a sequência das movimentações são as dificuldades no plantio da safra verão nos estados do Sul. Galvão comenta que, em condições normais de produção na safra 20/21 o Brasil já terá estoques ainda mais apertados do que os ciclos anteriores e que problemas na produção podem pressionar ainda mais este tópico.
Anderson Galvão – Analista – Céleres Consultoria
Notícias Agrícolas – 24/09/2020