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Colheita está avançando nos EUA e isto deverá fazer pressão baixista logo mais em Chicago
As cotações do milho subiram um pouco durante a semana, fechando a quinta-feira (21) em US$ 3,50/bushel, após US$ 3,41 uma semana antes.
A colheita está avançando nos EUA e isto deverá fazer pressão baixista logo mais em Chicago, além da projeção de uma safra um pouco maior do que o inicialmente projetado. Entretanto, as pequenas altas registradas se devem igualmente às boas vendas líquidas de milho por parte dos EUA nestes últimos dias. Tais vendas, para 2017/18, atingiram a 1,05 milhão de toneladas na semana encerrada em 07/09, sendo o México o principal comprador com 433.400 toneladas. Outro elemento que começa a ser levado em conta é a falta de chuvas em grande parte das regiões produtoras do Brasil e da Argentina nestes últimos tempos, fato que pode comprometer a futura safra de verão do cereal, na medida em que o plantio da mesma começa a ficar prejudicado no Brasil.
Em termos de colheita estadunidense, até o dia 17/09 a mesma atingia a 7% da área, contra 11% na média histórica para esta época do ano. Ao mesmo tempo, as condições das lavouras que restam colher estavam em 61% entre boas a excelentes na mesma data, 26% regulares e 13% entre ruins a muito ruins, repetindo a situação da semana anterior. A título de informação complementar, o México anunciou que sua safra de milho deverá somar 26 milhões de toneladas em 2017/18, contra 27,6 milhões anteriormente estimado. Tal recuo se deve à menor área semeada, a qual ficou em 7,45 milhões de hectares neste ano. Diante disso, as importações mexicanas serão maiores, devendo atingir a 15,5 milhões de toneladas no corrente ano comercial, contra 14,2 milhões no ano anterior (cf. Safras & Mercado).
Na Argentina, a tonelada FOB fechou a semana em US$ 149,00, enquanto no Paraguai a mesma se manteve em US$ 105,00. Já no Brasil os preços se mantiveram estáveis, ainda com viés de leve alta, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 23,71/saco, enquanto os lotes atingiram a R$ 30,00/saco na maioria das praças. Nas demais regiões brasileiras os lotes fecharam a semana entre R$ 14,50/saco em Sapezal e Sorriso (MT) e R$ 30,50/saco em Videira, Concórdia, Chapecó e Campos Novos (SC).
O viés de alta vem do fato de que os produtores, os paulistas em especial, ainda estão retendo parte da produção da safrinha visando preços mais elevados. Os consumidores, mais curtos em estoques, encontram dificuldades em se abastecer diante de tal estratégia. Ao mesmo, no porto os preços subiram para R$ 31,00/saco, tornando menos competitiva a exportação, especialmente diante de um câmbio que se mantém entre R$ 3,10 e R$ 3,15 por dólar. Nestas condições, o porto de Santos (SP) terminou a semana com preços menores, ao redor de R$ 29,00/saco no disponível, enquanto Paranaguá (PR) registrou R$ 28,00/saco. No interior paulista o referencial Campinas subiu para R$ 31,00/saco CIF disponível. Para prazos mais longos de pagamento o valor chegou a bater em R$ 32,00/saco CIF (cf. Safras & Mercado).
O clima no Centro-Sul brasileiro assume agora um caráter decisivo já que a falta de chuvas em grande parte da região está atrasando o plantio. Em algumas regiões as chuvas não chegam há mais de 60 dias. Por enquanto, isto ainda não refletiu-se em altas maiores nos preços porque ainda há importante disponibilidade do milho safrinha, embora os poucos negócios realizados nos últimos tempos. Assim, o mercado reverte, por enquanto, uma tendência de baixa nos preços, ficando na dependência da estratégia dos produtores em vender a safrinha e do comportamento do clima nas regiões produtoras do milho de verão. Este conjunto dew fatores resulta em preços mais altos no mercado interno mesmo com um considerável volume de milho safrinha a ser comercializado (cf. Safras & Mercado). Quanto às exportações, segundo a Secex, nos primeiros 10 dias úteis de setembro o Brasil exportou um total de 2,94 milhões de toneladas a um preço médio de US$ 155,20/tonelada. Ao câmbio de hoje isso significa algo em torno de R$ 29,15/saco.
Fonte: CEEMA/UNIJUÍ