Dessa forma, todas as operações de crédito com vencimento entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro ganharão o prazo extra
Produtores rurais de municípios mineiros em situação de emergência por causa das chuvas terão mais tempo para renegociarem seus empréstimos junto ao Banco do Brasil. Em diálogo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a instituição financeira acordou a prorrogação por 30 dias da data de vencimento dos contratos firmados com os agricultores.
Dessa forma, todas as operações de crédito com vencimento entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro ganharão o prazo extra sem a cobrança de custos adicionais ao produtor. A ideia é garantir mais tempo a quem ainda calcula as perdas causadas pelos temporais.
Até o momento, 196 cidades já decretaram situação de emergência em Minas, segundo levantamento mais recente da Defesa Civil Estadual. Do total, 182 já registraram perdas em infraestrutura rural, de acordo com relatório preliminar feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
As estimativas parciais indicam que mais de 28 mil quilômetros de estradas sofreram danos, afetando diretamente propriedades rurais; e 840 pontes foram destruídas ou interditadas. Além disso, 505 residências foram danificadas parcial ou integralmente.
O relatório ainda aponta que lavouras de milho, feijão, soja, mandioca e cana-de-açúcar sofreram os impactos das tempestades em todo o estado. No caso do café, a estimativa é de que pelo menos 25 mil sacas tenham sido perdidas até o momento.
A secretária Ana Valentini ressalta que, em um momento de grande dificuldade para os produtores, todos os esforços são importantes para reduzir os prejuízos no meio rural. “Nós estamos em campo, levando todo apoio técnico necessário e também temos preocupação com as dívidas que estão vencendo, o que torna mais importante esse apoio do Banco do Brasil”.
Superintendente do Banco do Brasil em Minas, Ronaldo de Oliveira afirma que a prorrogação do vencimento dos contratos rurais será importante para que o produtor atingido pelas chuvas tenha mais tempo para se organizar e procurar a instituição.
“A partir daí ele terá todas as possibilidades de encontrar a solução que se adeque melhor às suas necessidades. Seja para prejuízos relacionados à safra ou quaisquer outras demandas”, conclui.
AGROLINK- 05/02/2020