Os preços do milho no mercado brasileiro fecharam primeiro mês de 2020 em alta de 5,52%, com a colheita do cereal fazendo pressão para queda, segundo informações da T&F Consultoria Agroeconômica. Além disso, a queda nos preços da carne também foi um item importante para que os valores do milho não subissem mais.
“Nos principais estados consumidores do Sul do país a colheita do milho está se intensificando e aliviando a pressão da demanda. O RS já colheu cerca de 38% (a Emater fala em 26%, mas nossa pesquisa mostra mais), o PR colheu 2% e em SC, um estado muito carente de milho, a colheita começa a se intensificar em 15/2. Com isto, as importações do Centro-Oeste e do Paraguai e o impulso de alta dos preços sofrem reversão”, comenta a Consultoria.
Nesse contexto, acabou havendo um recuo significativo para os preços do milho em quatro dos cinco dias úteis da última semana de janeiro. “Nesta sexta-feira voltaram a recuar cerca de 0,18% nos preços médios de Campinas, principal praça de referência do milho brasileiro para R$ 50,46/saca, contra R$ 50,55 do dia anterior, reduzindo os ganhos do mês para 5,52%, contra 5,71% do dia anterior”, completa.
No caso do Rio Grande do Sul, com a colheita maior do que a anunciada, os compradores acabaram se retirando do mercado para diminuir a pressão. “Com o início da colheita, que estimamos em 38%, contra 26% da Emater local, o mercado de lotes esteve bem vazio de negócios hoje, embora os preços tenham se mantido entre R$ 46,00 e 47,00 no interior. Com colheita própria, muitos agricultores não precisam comprar milho fora e o mercado reduz o ritmo”, indica a T&F.
Fonte – Agrolink – 03/02/2020