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Puxado pelos juros mais baixos do novo Plano Safra, o volume de crédito rural contratado por produtores rurais, cooperativas e empresas junto aos bancos cresceu 19,5% para R$ 10.4 bilhões em julho, primeiro mês da safra 2017/18, em comparação com o mesmo mês do ciclo 2016/17. O número considera a agricultura empresarial e a familiar e tem como base dados do Banco Central.
Ainda que a nova temporada esteja no início, o dado indica que a redução média de 1% nas linhas de financiamento para médios e grandes agricultores pode estimular a demanda por crédito bancário na safra 2017/18. Isso se aplica mais à agricultura empresarial, contemplada pela queda nas taxas, e que já tomou R$ 8.4 bilhões em julho, 23,5% mais que no mesmo mês de 2016. No caso da agricultura familiar (no âmbito do Pronaf), que não teve mudança nas taxas, o desembolso ficou estável. (ver gráfico) As instituições financeiras liberaram 187.181 contratos de financiamento ao meio agropecuário em julho, uma alta de 10% no mesmo intervalo de comparação.
Quando se consideram as modalidades de crédito agrícola, nas operações de custeio, as contratações subiram 19,3%, para R$ 6.8 bilhões. No início da safra é comum que os contratos de custeio se sobressaiam, já que os produtores, sobretudo de soja e milho, encontram-se na fase de pré-plantio.
Os investimentos, que incluem a compra de maquinário, também subiram:
os desembolsos cresceram 23,5% para R$ 2.1 bilhões no primeiro mês da safra. E o crédito para comercialização cresceu 15,3% para R$ 1.5 bilhão, principalmente porque os produtores estão estocando a produção de grãos devido à baixa dos preços. “A expectativa de redução de juros no fim da safra passada [2016/17] fez com que os produtores postergassem a tomada de crédito para esta nova safra”, disse o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Tarcísio Hubner.
Wilson Vaz, diretor do departamento de Crédito e Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, disse que neste Plano Safra 2017/18, os produtores podem usar seu limite de R$ 3 milhões por CPF, para custeio, sem ter que se submeter a subfaixas de financiamento. No ciclo 2016/17, só podiam pegar 60% dos R$ 3 milhões nos seis primeiros meses do ciclo, e o restante na segunda metade. O próprio BB, líder no mercado de crédito rural, mas que amargou queda de 20% nas contratações de crédito rural na safra 2016/17, já viu uma melhora desse quadro no primeiro mês da nova safra. Os desembolsos do banco cresceram 65,5% para R$ 4.8 bilhões em julho em relação ao mesmo mês de 2016. Considerando também outros bancos públicos, os desembolsos aumentaram 36,5% em julho, revertendo, pelo menos até agora, o recuo observado ao longo de quase toda a safra 2016/17. Além dos juros menores, no começo de cada safra é comum que a procura por instituições financeiras públicas seja maior, já que têm mais oferta de recursos a juros controlados maior, já que têm mais oferta de recursos a juros controlados.
Os desembolsos dos bancos privados, que operam pouco com as linhas de crédito a juros do Plano Safra, caíram 20,5% para R$ 2.7 bilhões em julho. Mas o Santander, que estava na terceira posição entre as instituições privadas e que ingressou há pouco tempo em crédito rural, apareceu pela primeira vez na liderança entre os privados, com R$ 723 milhões emprestados em julho. Na sequência, vieram Bradesco e Itaú. Entre as linhas de crédito, destaque para o PCA, programa voltado a armazenagem, que teve contratação de R$ 14.8 milhões. Em julho de 2016, não houve contratação nessa linha. No Pronamp (médios produtores), que também teve redução na taxa de juro, os empréstimos subiram 54% para R$ 1.4 bilhão.
Fonte: Valor Econômico