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Irregularidade é a principal marca da safra norte-americana 2017/18 e reflexos no mercado deverão continuar a acontecer. Tendência continua sendo de alta já que as perdas nas duas culturas podem ser ainda mais severas.
O analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource, em Chicago (EUA), aponta que haviam mapas do modelo americano influenciando o mercado apontando chuvas generalizadas para as áreas produtivas dos Estados Unidos, mas que essas chuvas não foram confirmadas. Alguns locais foram favorecidos, mas as áreas que mais sofrem com a seca, como Iowa e as Dakotas, não receberam volumes suficientes para romper o panorama.
O mês de julho é mais preocupante para a cultura de milho, enquanto a soja tem seu mês mais crítico em agosto. Tendo registrado perdas já neste período, a oleaginosa ainda pode encontrar mais perdas se as condições continuarem se agravando.
A AgResource realizou um tour pelos estados de Illinois e Indiana e pode identificar que Illinois passa por um estágio de transição entre padrões climáticos. Entre o leste e o oeste do cinturão, tem lavouras em situações diferentes, em estágios entre médio e ruim. Já em Indiana, o cenário é “um pouco mais agradável”, como avalia Pereira, com lavouras visivelmente mais saudáveis, apesar de alguns problemas pontuais com excessos de chuva no começo de plantio, próximos à fronteira com Ohio.
Mercado
Ele lembra que o mercado climático toma conta das cotações na Bolsa de Chicago (CBOT) e que qualquer atualização climática afeta diretamente do lado da oferta. Há uma possibilidade de que o USDA também reduza o índice de bom estado das lavouras em 2%, informação que poderia ser diluída caso algum mapa trouxesse chuvas a curto prazo.
Por outro lado, a China compra soja em grandes volumes, não somente nos Estados Unidos, como também do Brasil, em um momento no qual as projeções da oferta não se apresentam bem. Por isso, o analista acredita que o espaço altista no mercado é muito maior do que o espaço baixista, até que haja alguma reviravolta.
Fonte: Notícias Agrícolas